O leste da Índia se tornou o cenário do redescobrimento feito por um grupo de pesquisadores ao encontrar duas espécies de rãs que não eram vistas desde 1919, ou seja, há mais de 100 anos.
Esta descoberta aconteceu durante as expedições realizadas entre 2020 e 2022 na região de Meghalaya, localizada no noroeste do país indiano, conforme o estudo publicado pela revista científica Herpotozoa. Durante diferentes pesquisas noturnas, os pesquisadores conseguiram capturar cerca de uma dúzia de rãs, apenas seguindo os sons do animal.
Depois de capturá-los, os cientistas analisaram os espécimes. Foi assim que identificaram duas espécies que foram vistas pela última vez nos registros de 1919, ano em que foram consideradas espécies extintas. São as rãs chamadas Raorchestes garo e Raorchestes kempiae.
Essas rãs se caracterizam por possuir corpos pequenos, regiões inguinais de cores vivas e olhos grandes. Os exemplares de Raorchestes garo foram encontrados em arbustos de cerca de 2,5 metros de altura, enquanto as rãs Raorchestes kempiae foram encontradas nos arbustos de bambu.
Um redescobrimento que levou mais de 100 anos
Inicialmente acreditava-se que a espécie Raorchestes kempiae estava criticamente em perigo de extinção; no entanto, os especialistas sugeriram reclassificá-la como uma espécie de menor preocupação, devido ao maior número de exemplares na região.
A descoberta ocorreu nas colinas de Garo, no estado de Meghalaya, região que faz fronteira com o sul de Bangladesh e está a cerca de 1.900 quilômetros de Nova Delhi, a capital do país. Essa descoberta, feita após 105 anos, representou um avanço importante no estudo da biodiversidade local.
Mutação e descoberta de uma nova espécie
Além de identificar essas espécies, que ficaram ocultas por mais de 100 anos, os pesquisadores descobriram que as rãs tiveram uma mudança do gênero original Ixalus para o gênero Raorchestes, o que representaria uma espécie de mutação.
Além disso, após as análises, eles encontraram uma nova espécie de rã arbustiva, chamada Asakgre bush frog. Essa descoberta ressaltou a importância de continuar explorando as regiões biodiversas e destacando as surpreendentes descobertas que ainda podem ser feitas.
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