Pesquisa com câmeras revela a vida secreta dos ursos andinos

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Os ursos-andinos, ou ursos-de-óculos, a única espécie de sua família na América do Sul, habitam em lugares remotos, o que os tornou uma espécie cheia de mistérios.

Um estudo recente no Peru, utilizando câmeras de colar, revelou aspectos fascinantes de sua dieta, hábitos e comportamentos, incluindo um caso de canibalismo de crias.

Investigação no Parque Nacional do Manu

A expedição científica da National Geographic e Rolex Perpetual Planet Amazon Expedition colocou câmeras de colar em três ursos-andinos durante quatro meses, gravando um total de seis horas e meia.

Essa tecnologia inovadora, que inclui GPS, permitiu obter detalhes nunca antes vistos desses ursos que habitam o Parque Nacional do Manu, no sul do Peru.

Infanticídio e Comportamentos Incomuns

As câmeras capturaram o primeiro caso registrado de infanticídio em ursos-andinos, mostrando um macho adulto comendo um urso do tamanho de um filhote. Também foi registrado um urso-de-óculos se alimentando dos restos de um macaco lanudo, sendo apenas o segundo caso documentado de um urso se alimentando de um primata não humano.

Interações e Reprodução

As câmeras também mostraram interações entre os ursos fora do acasalamento e da criação de filhotes. Além disso, pela primeira vez, foi capturado o acasalamento nas copas das árvores.

A expedição descobriu que os ursos-andinos consomem mais de 21 espécies de plantas diferentes, e também foi observado pela primeira vez um caso de geofagia, o consumo de terra e argila para complementar sua dieta.

Conservação e Futuro do Urso-Andino

Essas descobertas, publicadas no Journal of Ecology and Evolution, fornecem informações inestimáveis para melhorar os esforços de conservação dos ursos-andinos, uma espécie quase ameaçada de extinção.

A bióloga e líder da expedição, Ruthmery Pillco Huarcaya, enfatizou que esses novos conhecimentos permitem entender melhor os ursos-andinos e utilizar essas informações para proteger essa espécie-chave e seu habitat.

Ian Miller, chefe de Ciência e Inovação da National Geographic Society, acrescentou que esses novos conhecimentos oferecem a oportunidade de entender melhor os ursos-andinos como engenheiros de ecossistemas que moldam a floresta nublada, utilizando esse conhecimento para proteger a espécie e seu ambiente.

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