A temperatura do oceano atingiu níveis críticos em 2024.

A temperatura do oceano atingiu níveis críticos em 2024. Com um novo recorde histórico em março do ano passado, chegou a 21,07 graus.

Esta elevação se somou a uma série de aumentos registrados desde maio de 2023, quando ocorreu o fenômeno climático El Niño no oceano Pacífico, conforme confirmado pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia.

Esses valores sem precedentes foram observados por 15 meses consecutivos. Quais consequências essa anomalia traz para o planeta.

Temperatura do oceano: quais valores alcançou em 2024

As consequências do aumento da temperatura do oceano.

A temperatura da superfície do mar (TSM) atingiu um novo recorde histórico em março de 2024, chegando a 21,07 graus.

O relatório da Copernicus indicou que o último episódio de El Niño, que ocorreu de maio de 2023 até meados de 2024, teve uma intensidade menor que os anteriores, mas seus efeitos foram significativos.

Em 2024, a TSM média anual foi de 20,87 graus, representando um aumento de 0,51 graus em relação à média de 1991-2020. Esse nível superou os recordes anteriores de 2023 e 2016.

Dessa forma, 2024 se tornou o ano com a temperatura do mar mais alta já registrada.

Onde foram detectadas as anomalias?

As anomalias térmicas foram detectadas em mais de um quarto do oceano global e afetaram especialmente as áreas tropicais do Atlântico, vastas áreas do oceano Índico e regiões do Pacífico ocidental.

No mar Mediterrâneo, no mar Negro e no mar da Noruega, também foram registrados recordes históricos.

Os cientistas alertaram que, embora o episódio de El Niño tenha terminado, as tendências de aquecimento nos oceanos continuarão se não forem implementadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Recorde de temperatura dos oceanos

A persistência das altas temperaturas pode desencadear eventos extremos com consequências a longo prazo para o clima global.

Quais são as consequências do aumento da temperatura dos oceanos

Em princípio, essas mudanças de temperatura causam, em última instância, um “efeito duradouro” sobre a biodiversidade marinha e sobre as vidas e meios de subsistência das comunidades costeiras, alerta a ONU.