Uma equipe de desenvolvedores na Austrália montou uma estufa com vidro solar fotovoltaico. Assim, conseguiram reduzir o consumo de energia em 57% e o de água em 29%.
São placas solares que permitem a passagem de luz, produzem eletricidade e isolam o interior da estufa.
O experimento foi realizado entre 2021 e 2022 e está pronto para começar a ser replicado.
Vidro fotovoltaico em uma estufa: o sucesso australiano
Esta estufa com vidros solares transparentes foi essencial para reduzir o consumo de água e energia (um 29% e 57% menos, respectivamente).
A estufa australiana. (Foto: ClearVue Technologies).[/caption>
Trata-se de uma solução inovadora para a agricultura sustentável, desenvolvida graças a uma pesquisa da Universidade Murdoch e da empresa ClearVue Technologies.
Os resultados foram publicados na revista Cleaner Engineering and Technology. Mostraram que integrar vidros solares transparentes nas estufas pode representar uma mudança radical na agricultura moderna.
O vidro fotovoltaico permite a passagem da luz solar essencial para o crescimento das plantas, ao mesmo tempo que gera eletricidade.
Além disso, atua como isolante térmico, melhorando a eficiência geral da estrutura. Esse tipo de vidro, fornecido pela ClearVue, foi instalado em uma estufa de teste em Perth (Austrália) composta por quatro módulos de 8 m x 6 m cada um.
No total, foram utilizados 153 painéis solares transparentes distribuídos em telhados e paredes.
Principais características:
- Eletricidade gerada utilizada para climatização e sistemas internos.
- Rendimento de cultivos similar ao tradicional.
- Foram testadas 18 culturas, exceto milho e arroz com baixo rendimento.
O estudo analisou o impacto desse tipo de janelas no consumo energético, hídrico e no rendimento agrícola de uma estrutura experimental.
Os tipos de vidros solares utilizados
O experimento foi organizado em quatro compartimentos:
- Compartimento 1: vidro tradicional (sem fotovoltaico).
- Compartimento 2: vidro com dupla camada de PVB com baixa concentração de dopagem.
- Compartimento 3: mesmo vidro do 2, mas com PVB mais luminoso.
- Compartimento 4: mistura de uma camada de PVB do tipo 2 e outra de PVB convencional
iniciativas de energia solar[/caption>
Durante o experimento, que durou de julho de 2021 a setembro de 2022, foram cultivadas 18 espécies vegetais como alface, espinafre e pimentões. Os resultados foram contundentes:
- Redução de 57% no consumo de energia.
- Diminuição de 29% no uso de água.
- O rendimento agrícola permaneceu estável em relação ao compartimento tradicional, exceto em arroz e milho, que tiveram baixo rendimento.
A energia foi destinada a sistemas internos como ventilação, climatização e cortinas automáticas. O excedente foi injetado na rede elétrica, o que reforça o potencial dessas estruturas como geradoras autossuficientes.
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