A Interpol anunciou a conclusão de uma investigação que permitiu desmantelar uma rede dedicada ao tráfico ilegal de espécies protegidas, resultando na detenção de 15 pessoas e na repatriação de uma centena de tartarugas confiscadas em Bangkok em 2022.
A operação começou em julho de 2022, quando as autoridades no aeroporto de Bangkok encontraram 116 filhotes de tartaruga escondidos na bagagem de uma cidadã ucraniana que viajava de Dar es-Salaam. As espécies apreendidas incluíam tartarugas terrestres, radiadas e gigantes de Aldabra, todas protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).
Embora a suposta traficante tenha conseguido fugir da Tailândia antes de enfrentar um julgamento, as autoridades conseguiram localizá-la na Bulgária em março de 2023 e extraditá-la para a Tanzânia, após um alerta de “notificação vermelha” emitido pela Interpol.
A investigação revelou a existência de uma organização transnacional que operava do Egito, Indonésia, Madagascar e Tanzânia. Além da mulher ucraniana, outras 14 pessoas também foram detidas, por fazerem parte dessa rede.
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Impacto na fauna selvagem do tráfico de tartarugas protegidas
Ao todo, foram apreendidas 116 tartarugas, das quais apenas 20 conseguiram sobreviver aos maus-tratos e às condições em que eram transportadas. Os agentes enviaram tanto os exemplares vivos quanto os mortos de volta para a Tanzânia, onde as sobreviventes foram colocadas em quarentena antes de serem reintegradas ao seu habitat natural.
“Este caso destaca o compromisso das forças internacionais em proteger as espécies vulneráveis, combater o tráfico ilegal de vida selvagem e levar os responsáveis à justiça”, destacou Cyril Gout, diretor executivo interino dos serviços policiais da Interpol.
Esta operação representa um avanço significativo na luta contra o comércio ilegal de espécies, uma atividade que ameaça gravemente a biodiversidade global.
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Tartarugas selvagens: ameaçadas por uma nova espécie de parasita
As tartarugas selvagens enfrentam um novo problema que ameaça sua sobrevivência: uma nova espécie de parasita. Um grupo de cientistas do Centro para a Conservação da Fauna Selvagem e da Universidade Nacional de San Juan (UNSJ) anunciou a descoberta deste novo parasita, que representa um passo importante para a ciência e conservação desta espécie.
Esta descoberta foi publicada na revista científica búlgara Historia naturalis bulgarica sob o título: “Descrição de Cruzia sanjuanensis sp. nov. (Cosmocercoidea: Kathlaniidae) na tartaruga Chelonoidis chilensis (Testudines: Testudinidae) na província de San Juan, Argentina”. Este estudo, liderado pelos veterinários Cynthia González Rivas e Iván Simoncelli, descreve uma nova espécie de parasita que habita no intestino grosso da tartaruga terrestre Chelonoidis chilensis, uma espécie nativa da região cuyana, que está em grave perigo de extinção.
Esta pesquisa representa um passo fundamental para a proteção das tartarugas terrestres e seu ambiente. Embora estas tartarugas sejam emblemáticas da região, os especialistas possuem pouca informação sobre sua saúde e suas interações com esses parasitas.
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