Brasil liberta milhares de tartarugas de manchas amarelas (Podocnemis unifilis) em perigo de extinção na região amazônica.
Aproximadamente 4.900 filhotes de tartaruga amarela foram soltos no rio Igapo-Açu de Beruri, no estado brasileiro do Amazonas, por um grupo de crianças da comunidade.
Projeto de proteção liderado pela Universidade Federal do Amazonas
O projeto de conservação da espécie é coordenado pelo programa de pesquisa da Universidade Federal do Amazonas e possibilitou a libertação de mais de 70.000 tartarugas em uma década. Dessa forma, reintroduziu essa espécie em perigo de extinção nessa região do norte do Brasil.
Paulo Cesar Andrade, coordenador do projeto Pé-de-Pincha na Universidade Federal do Amazonas, comentou sobre as milhares de tartarugas soltas:
“Isto faz parte de uma estratégia mais ampla de gestão comunitária, na qual a população reconhece que o recurso está ameaçado, seja pela invasão de pessoas ou pela captura ilegal, e decide agir para protegê-lo. Existem diferentes formas de fazer isso. Uma delas é proteger a praia, quando possível, para conservar os ninhos ali. A comunidade registra o número de ninhos e depois o número de filhotes que emergem”.
Educação sobre mudanças climáticas e impacto ambiental
O projeto também planeia educar jovens e adultos sobre as mudanças climáticas e o impacto da atividade humana no meio ambiente.
“A importância está no efeito que tem na comunidade; ela une as pessoas e também envolve a nova geração que está chegando, que tem essa ideia de sustentabilidade e pode interagir com o rico bioma que temos aqui na Amazônia.”, afirmou José Amarildo da Silva, Diretor Técnico da Claro Brasil.
Características da tartaruga de manchas amarelas
A tartaruga de manchas amarelas tem um casco abobadado e de cor escura. As marcas na cabeça são de cor alaranjada-amarelada. Geralmente, possuem um único queixo. Essas tartarugas de pescoço lateral não conseguem retrair a cabeça para dentro do casco.
Os filhotes têm manchas amarelas muito evidentes na cabeça, que diminuem à medida que crescem. Os machos mantêm algumas das manchas amarelas; as fêmeas as perdem completamente.
A tartaruga de manchas amarelas do rio Amazonas mais longeva conhecida e que vive sob cuidados humanos atingiu os 23 anos de idade. Podem viver até 70 anos.
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