Descoberto o “verme come-plástico”: como é a espécie

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Após uma pesquisa interessante, os cientistas descobriram a presença da larva “comedora de plástico”. Trata-se de um inseto africano que já era conhecido, mas não se tinha comprovado essa nova forma de alimentação.

Em outras palavras, testaram o potencial da larva da farinha menor (conhecida cientificamente como Alphitobius) para consumir plástico.

Enquanto o mundo enfrenta um crescente desafio dos resíduos plásticos, os cientistas do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos (ICIPE) publicaram sua descoberta na revista Scientific Reports.

Larva comedora de plástico: uma solução para a contaminação?

Contaminação ambiental por resíduos plásticos. Foto: Unsplash
Contaminação ambiental por resíduos plásticos. (Foto: Unsplash).

Os pesquisadores também observaram um consórcio de bactérias importantes no intestino da larva da farinha, que auxiliam na digestão do plástico. Portanto, tanto a larva da farinha quanto as bactérias poderiam ser aproveitadas para biodegradar o plástico.

“Embora muitas vezes sejam confundidas com vermes comuns, as larvas da farinha são os larvas dos besouros escuros. Em todo o mundo, as larvas da farinha amarela, larvas de uma espécie de besouro escuro chamado Tenebrio molitor, têm sido usadas para biodegradar plástico”, detalhou em um comunicado a Dra. Fathiya Khamis, cientista sênior do ICIPE e pesquisadora principal do estudo.

“No entanto, esta é a primeira vez que se documenta que as larvas da farinha menores, nativas da África, possuem essa capacidade”, acrescentou.

O problema do plástico no mundo

Globalmente, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente; menos de 10% é reciclado e estima-se que entre 19 e 23 milhões de toneladas acabam em lagos, rios e mares.

plástico autodestructible
A nível mundial são produzidas mais de 400 milhões de toneladas de plástico por ano.

Os plásticos podem conter substâncias químicas tóxicas e os resíduos contaminam a água, afetam a qualidade dos solos, os ecossistemas e os serviços essenciais, criam áreas de reprodução para os mosquitos e acabam na cadeia alimentar.

Apesar de África produzir apenas 5% e consumir 4% do plástico mundial, há um aumento no uso único. O continente agora é o segundo mais contaminado do mundo.

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