Graças a um projeto de pesquisa específico em Sevilha, Espanha, foi descoberta uma **[nova espécie](https://noticiasambientales.com/ciencia/luego-de-126-anos-descubren-nueva-especie-de-puercoespin/)** de aranha exótica.
**O estudo foi liderado pela Universidade Rey Juan Carlos** (**URJC**) e revelou a presença da espécie chamada *Howaia mogera*, de origem asiática.
O estudo faz parte de um projeto de pesquisa liderado por **Fernando Cortés-Fossati**, membro do Grupo de Ecologia Evolutiva da área de Biodiversidade e Conservação da URJC.
Descobriram uma nova espécie de aranha exótica: o que se sabe até agora
Também participaram da pesquisa a **Universidade Autônoma de Barcelona**, a **Universidade Europeia de Madrid**, o **Grupo Ibérico de Aracnologia** e a **Asociación Andaluza de Exploraciones Subterráneas**.
O principal objetivo deste projeto foi analisar a fauna nativa de artrópodes cavernícolas nos aquedutos subterrâneos de Carmona (Sevilha), pois existe uma grande **lacuna científica em torno deste tipo de ecossistemas**.

Para abordar esta situação, conforme divulgado pela **Europa Press**, a equipe de especialistas realizou uma expedição aos **aquedutos de origem romana**.
Este tipo de aranhas nidícolas se caracterizam por habitar em **locais úmidos** **como cavernas**.
Dado que este local faz parte do **patrimônio histórico protegido**, foi elaborada uma meticulosa estratégia de captura manual para não danificar as estruturas do monumento.
Esta técnica foi realizada por dois dos coautores do trabalho, pertencentes à Asociación Andaluza de Exploraciones Subterráneas e à Universidade Europeia. Posteriormente, foi realizado uma **análise taxonômica dos** **exemplares capturados**.
Os resultados deste trabalho, publicados na revista internacional **Arachnology**, determinaram que se tratava de *Howaia mogera*, uma espécie de aranha **muito pequena de origem asiática**. Segundo estimaram, muito provavelmente já está estabelecida na região.
Segundo este estudo, ela está **há mais de 50 anos se espalhando** fora de sua área nativa, talvez devido ao fluxo de mercadorias, o que a permitiu chegar a mais de **13 países ao redor do mundo**.
Os próximos passos a seguir
“É indispensável continuar monitorando de perto esta espécie, uma vez que ainda existem perguntas a serem respondidas”, indicou **Fernando Cortés-Fossati**.
“Uma das mais importantes é saber se se trata de uma espécie invasora, ou seja, que possa produzir efeitos adversos nos ecossistemas em que é introduzida, ou se é meramente exótica”, acrescentou.
“Deve-se levar em consideração que nosso país possui uma **grande quantidade de espécies subterrâneas endêmicas**, várias delas ameaçadas”, concluiu sobre a situação da Espanha.