Um **ocelote foi atropelado** na Ruta Nacional N.º 12, dentro do **Parque Nacional Iguazú, em Misiones**. O trágico incidente ocorreu em um trecho com sinalização específica que exige velocidade reduzida **[para proteger a fauna](https://noticiasambientales.com/animales/intentaran-reproducir-ocelotes-en-un-refugio-de-animales-en-entre-rios/)** silvestre. Apesar disso, a imprudência no trânsito cobrou mais uma vítima.
O caso foi denunciado pela **Fundación Red Yaguareté**, que o qualificou como um novo episódio de uma problemática constante nas estradas do norte de Misiones. “Exigimos das autoridades nacionais e provinciais **maior controle, sanções efetivas e medidas concretas** para frear essa situação porque **#AtropellarlosEsExtinguirlos**”, publicaram em suas redes sociais.
Dados de organizações ambientais indicam que **mais de 5.000 animais silvestres morrem a cada ano em atropelamentos em Misiones**, especialmente nas rotas N.º 12 e 101, que atravessam áreas de alto valor ecológico. Apesar dos limites de velocidade impostos, muitos condutores não os respeitam.
Esta não é uma tragédia isolada. **Em fevereiro, outro ocelote morreu na mesma estrada**. Em abril, uma onça-pintada e vários quatis também foram vítimas fatais do tráfego de veículos em áreas protegidas. A situação gerou alarme entre ambientalistas e cientistas.

## Pedem medidas urgentes para frear os atropelamentos
A Fundación Vida Silvestre **alertou que a perda constante de fauna afeta gravemente o equilíbrio ecológico** da região. “Cada espécie desempenha um papel-chave no ecossistema de Misiones. Esses atropelamentos geram um dano silencioso, porém devastador”, afirmaram.
Diante da repetição desses acidentes, diversas organizações ambientalistas **exigem a instalação de radares fixos, redutores de velocidade e passagens de fauna**, tanto elevadas quanto subterrâneas. Também solicitam campanhas contínuas de conscientização no trânsito direcionadas aos turistas e aos próprios habitantes da região.
## Estado de conservação do ocelote na Argentina
O ocelote (*Leopardus pardalis*), também conhecido como gato-mourisco, é uma espécie nativa das Américas que **[está em perigo](https://noticiasambientales.com/animales/un-ocelote-aparece-inusualmente-en-areas-protegidas-de-itaipu/)** em várias áreas de sua distribuição. Na Argentina, **sua presença é limitada principalmente às florestas subtropicais do nordeste**, principalmente em Misiones.
Sua população diminuiu drasticamente devido à **perda de habitat**, à **caça ilegal** e, mais recentemente, aos atropelamentos em estradas que atravessam áreas protegidas. Atualmente, **está classificado como “vulnerável” no país**, e os registros em liberdade são cada vez mais escassos.
O **Parque Nacional Iguazú é um dos últimos refúgios seguros para esta espécie**, embora a pressão antropogênica e o turismo descontrolado dificultem sua conservação. A morte recorrente de exemplares nas estradas coloca em xeque os esforços para proteger o ocelote e evitar sua extinção local.
As autoridades ambientais e de trânsito têm um papel fundamental em reverter essa situação. Os especialistas concordam: sem medidas efetivas e urgentes, **o ocelote poderia desaparecer do território argentino** em poucas décadas.