Polêmica medida na Austrália: por que 750 coalas foram sacrificados por atiradores de elite

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Uma medida controversa na Austrália despertou questionamentos ao redor do mundo. O governo sacrificou, pelo menos, 750 coalas, pelas mãos de atiradores de elite, a partir de helicópteros.

Os exemplares estavam no Parque Nacional Budj Bim, no distrito de Victoria. Segundo as autoridades, foi “por razões humanitárias”.

### Medida controversa na Austrália com o sacrifício de coalas
De acordo com o Governo de Victoria, o Departamento de Energia, Meio Ambiente e Clima autorizou esta medida com um [argumento relacionado à vida dos koalas](https://noticiasambientales.com/animales/la-polemica-medida-de-donald-trump-contra-los-buhos-1300-millones-para-matarlos/).

![Qué ocurrió con los koalas.](https://noticiasambientales.com/wp-content/uploads/2021/09/koala.jpg)

A primeira ministra do Estado de Victoria, Jacinta Allan, justificou ao meio Sky News Australia que a estratégia foi elaborada após um incêndio ocorrido em março, que consumiu mais de 2000 hectares de vegetação.

Supostamente, isso provocou que muitos exemplares ficassem feridos, doentes e sem alimento.

Neste sentido, sustentou que avançaram “depois de avaliações rigorosas que demonstravam que os exemplares afetados não poderiam sobreviver”.

Além disso, afirmou que a ação foi realizada da forma mais responsável e cuidadosa possível para evitar o sofrimento desnecessário.

Neste sentido, detalharam que os disparos foram efetuados por pessoal “altamente qualificado”, utilizando tecnologia para garantir uma morte rápida e certeira. Além disso, insistiram que não havia outra alternativa que evitasse um sofrimento maior a longo prazo.

### Duras críticas à medida
Essa determinação gerou uma onda de indignação nacional e internacional. A proclamação “Lest we forget (Não deveria ser esquecido)”, inclusive, se tornou uma tendência nas redes sociais.

Organizações defensoras de animais e [especialistas em conservação](https://noticiasambientales.com/animales/polemica-por-habilitacion-de-la-caza-deportiva-de-pumas-zorros-y-guanacos/) consideraram que a operação marcou um [precedente alarmante na gestão de fauna](https://noticiasambientales.com/animales/la-polemica-medida-de-donald-trump-contra-los-buhos-1300-millones-para-matarlos/) durante catástrofes.

Por outro lado, muitas organizações asseguraram que por trás deste operativo se esconde a [falta de soluções de gestão ambiental diante do problema de superpopulação de coalas](https://noticiasambientales.com/animales/la-polemica-medida-de-donald-trump-contra-los-buhos-1300-millones-para-matarlos), provocado, segundo as críticas, pela má planificação de repovoamento e reintrodução deste mamífero em algumas regiões.

Assim, o deputado do partido Justiça Animal Georgie Purcell denunciou ao jornal australiano Herald Sun que “não está sendo feito nenhum esforço para verificar, quando se dispara nos coalas de helicóptero, se têm bolsas de cria”.

![La polémica medida de Australia con los koalas.](https://noticiasambientales.com/wp-content/uploads/2022/02/koala-gbda9fa8e9_1920.jpg)

Por outro lado, a presidente da “Aliança pelos Coalas”, Jess Robertson, afirmou que não há forma de que possam dizer se um koala está em más condições “desde um helicóptero”.

Do Departamento de Meio Ambiente do Estado (DEECA), por sua vez, informaram que a decisão de disparar com franco-atiradores de helicópteros se deveu a que a zona selvagem era demasiado difícil para que suas equipes pudessem acessar de forma segura a pé.

### O coala, uma espécie em perigo
Neste contexto, cabe esclarecer que o coala é uma espécie icônica em risco, especialmente no leste da Austrália.

Em 2022, o governo o declarou “Em Perigo” nas regiões de Queensland, Nova Gales do Sul e no Território da Capital Australiana, devido à drástica diminuição de sua população.

Além disso, a [União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)](https://noticiasambientales.com/animales/polemica-por-habilitacion-de-la-caza-deportiva-de-pumas-zorros-y-guanacos/) classificou desde 2016 este urso como “Vulnerável” na lista vermelha.

Estima-se que restem entre 100.000 e 500.000 em estado selvagem, embora outras estimativas sugiram números menores (cerca de 43.000 e 80.000).

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