Por que o México é a “terra dos marsupiais”

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Com oito espécies de **Gambás** que habitam o território, **o México é considerado “terra de marsupiais”.**

Esse animal, pequeno, com um nariz rosa e uma cauda característica que costumam usar para se pendurar nos galhos, **pertence a esta espécie.** Trata-se daquela que possui uma “bolsa” em sua barriga, na qual carrega seus filhotes.

México, terra de marsupiais: a espécie peculiar

Os marsupiais.

Os Gambás são **imunes ao veneno das cobras.** Durante toda a primavera, esses onívoros estão em época de reprodução.

“No México, os gambás enfrentam uma luta constante pela sobrevivência”, adverte **Gabriela Silvestre**, ambientalista e integrante do coletivo em prol da vida selvagem Tlacuy.

“Embora sejam animais resilientes, capazes de se adaptar até mesmo a ambientes urbanos, fenômenos como a **seca, os incêndios florestais**, a queimada de cana, a expansão humana, entre outros fatores, os colocam em grave risco”, explica ao **oem**.

Pelo menos oito espécies

Conforme descreve a especialista, no país habitam mais de oito espécies de gambás:

  • Gambá nortenho (Didelphis virginiana) – O mais adaptável, chega às cidades.
  • Gambá comum (Didelphis marsupialis) – Habita florestas tropicais.
  • Gambá de quatro olhos cinza (Philander opossum) – Reconhecível por suas manchas escuras acima dos olhos e sua cor cinza.
  • Gambá de quatro olhos marrom (Metachirus nudicaudatus) – Reconhecível por suas manchas escuras acima dos olhos e sua cor marrom.
  • Gambá aquático (Chironectes minimus) – O único marsupial adaptado à água.
  • Gambá peludo (Caluromys derbianus) – De pelagem densa e hábitos arborícolas.
  • Tlacuachillo (Tlacuatzin canescens) – O menor, endêmico do México.
  • Gambá-rato mexicano (Marmosa mexicana) – Reconhecível por seu tamanho pequeno e manchas ao redor dos olhos.

A importância da espécie

Os marsupiais e suas características. (Foto: Wikipedia).

A ativista ambiental indica também ao mesmo meio que os gambás são **controladores de pragas.** Devoram baratas, escorpiões, ratos e até cobras venenosas, reduzindo a necessidade de pesticidas tóxicos.

Além disso, ao comer frutas, **dispersam sementes em suas fezes**, ajudando a reflorestar os ecossistemas.

Sua temperatura corporal baixa (34-36°C) os torna resistentes a contrair raiva, atuando como barreira epidemiológica. Por outro lado, limpam carcaças e **animais em decomposição**, prevenindo focos de infecção.

“Sua história é um chamado à consciência: **precisamos proteger esses seres que**, longe de serem um incômodo, são peças-chave no equilíbrio ecológico e cultural do território”, expressa Silvestre.

Silvestre ressalta que, devido ao crescimento da urbanização, aos incêndios florestais e à seca, é comum que os gambás **sejam vistos em colônias da periferia.** Eles estão em busca de alimento, água ou abrigo.

“Os gambás não são invasores: somos nós que invadimos seu território”, destaca.

Ela acrescenta que, diante da crise climática, sua sobrevivência depende de ações simples: manter os animais de estimação sob controle, evitar pesticidas e aprender a coexistir.

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