Para surpresa dos pesquisadores, eles descobriram uma nova espécie de lagarto na Patagônia. Identificaram-na numa extensa região de campos de lava vulcânica.
Batizaram-na de Diplolaemus vulcanus, ou lagarto vulcaniano. A descoberta foi feita por um grupo de pesquisadores que conduziu exaustivas explorações na região, entre 2005 e 2011.
Surpresa na Patagônia: descobriram uma nova espécie de lagarto
Embora o objetivo fosse localizar espécies de fauna pouco comuns, os cientistas inicialmente classificaram por engano esses animais como parte de uma espécie já conhecida.
No entanto, de acordo com um estudo publicado em 16 de dezembro na revista Molecular Phylogenetics and Evolution, uma análise genética posterior revelou algo diferente. Esses lagartos vulcânicos constituíam um grupo geneticamente diferente.
A pesquisa genética foi crucial para esclarecer as diferenças. Após os resultados, eles reexaminaram cuidadosamente os exemplares e detectaram peculiaridades físicas constantes, como fossas nasais proeminentes e focinhos alongados.
Essas características distintivas confirmaram a existência de uma nova espécie.
Como é o lagarto vulcaniano
O lagarto vulcaniano atinge até 20 centímetros de comprimento. Apresenta um padrão de cores marrom e tostado que se integra com o ambiente rochoso das planícies vulcânicas, embora não o suficiente para passar despercebido pelos especialistas.
Juan Vrdoljak, coautor do estudo, explicou que, embora pouco se saiba sobre a ecologia da espécie, provavelmente compartilha hábitos carnívoros semelhantes a outros membros de seu gênero. Assim, se alimentaria de insetos e ocasionalmente de outros lagartos.
O habitat está localizado em altitudes superiores a 1700 metros na província de Neuquén, e em áreas próximas à fronteira com Chile.
Seu nome científico, inspirado em Vulcano, o deus romano do fogo, faz referência direta à sua preferência por terrenos vulcânicos.
Essa descoberta se soma a décadas de pesquisa realizada pelo Grupo de Herpetologia Patagônica, cujos membros exploraram extensivamente a região e geraram inúmeras hipóteses sobre a diversidade da fauna local.
Entre os principais pesquisadores também estão Kevin Imanol Sánchez, Andrea González-Marín, Mariana Morando, Luciano Javier Ávila.
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