Tamy, o último elefante em cativeiro da Argentina, aguarda ansioso: quando deixará o Ecoparque de Mendoza.

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Tamy, um elefante asiático que vive há décadas no Ecoparque de Mendoza, é praticamente o último em cativeiro na Argentina.

É que Kenya, o exemplar africano que vive no mesmo ex-zoológico, está prestes a embarcar na tão esperada viagem para o santuário no Brasil.

O próximo e esperado símbolo do encerramento definitivo da era dos elefantes em cativeiro no país é Tamy. Além disso, encerrará uma fase marcada por anos de solidão, confinamento e medo.

Quem é Tamy: a emocionante história do cativeiro e uma tentativa de liberdade

Tamy nasceu em cativeiro em 1970 e chegou a Mendoza em 1984. Passou grande parte de sua vida em condições inadequadas, pois seus anos haviam transcorrido em um circo.

Pupy chegou ao santuário no Brasil para começar a viver em liberdade Tamy seguirá os passos de Pupy, que vive no Brasil.

Quando o “El circo de los hermanos Gasca” tentava cruzar para o Chile para continuar com sua vida itinerante, se depararam com a impossibilidade de levar o elefante, pois precisavam de uma permissão especial.

Sem outra alternativa, optaram então por deixá-lo como “doação” para o então Zoo de Mendoza.

Recém-chegado, e durante algumas horas, o elefante asiático macho esteve, no entanto, em liberdade. É que durante a primeira tarde de Tamy no ex-zoo aproveitou uma distração e escapou.

No entanto, conseguiram recapturá-lo e desde então permaneceu no mesmo lugar. Embora seja o pai de Guillermina, o macho estava separado de sua filha e da mãe (as duas fêmeas nunca foram separadas).

Seu comportamento, segundo especialistas, mostra sinais de estresse crônico, uma consequência comum em elefantes privados de seu ambiente natural.

A um passo de viver entre os seus

O caso de Tamy ganha especial relevância não apenas por ser o único elefante restante em um ecoparque argentino, mas também porque sua história reflete anos de reivindicações de organizações ambientalistas por um tratamento mais ético e respeitoso para com os animais selvagens.

Atualmente, estão em andamento os trâmites para sua transferência para um santuário no Brasil, o mesmo destino para onde foram levadas as elefantas Pocha e Guillermina em 2022.

Com a partida de Tamy, o Ecoparque de Mendoza deixará de abrigar elefantes, cumprindo seu objetivo de conversão para um modelo sem exibição de fauna selvagem.

“Isto será um momento histórico para a proteção animal em nosso país”, afirmaram diferentes grupos ambientalistas.

A Argentina passaria a ser um país livre de elefantes em cativeiro, como Chile e Uruguai

Se a transferência de Tamy for concretizada, a Argentina se juntará ao Chile e ao Uruguai como países “livres de elefantes”.

Ambos países vizinhos são exemplos de nações que trabalham para eliminar a presença de elefantes em cativeiro, como zoológicos ou circos. Foram tomadas medidas legislativas em ambos e os elefantes remanescentes em cativeiro foram levados para santuários onde podem viver em condições mais naturais.

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