A UE diminuirá os níveis de mercúrio permitidos no atum?

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A ONG francesa Bloom alertou sobre um “escândalo sanitário de grandes proporções” devido aos níveis de mercúrio nas conservas de atum.

Sua pesquisa, publicada em outubro, teve grande repercussão mundial e reacendeu o debate sobre a segurança alimentar na Europa.

Pesquisa e Resultados sobre o Nível de Mercúrio no Atum

Bloom analisou aleatoriamente 148 latas de atum de cinco países europeus e encontrou contaminação por mercúrio em todas elas.

Uma em cada dez excedia os níveis autorizados de mercúrio para o atum fresco, e algumas amostras continham até quatro vezes o limite permitido.

A bioquímica Julie Guterman liderou a pesquisa, revisando documentos da FAO, OMS e UE que remontam aos anos sessenta para entender como foi estabelecido o limite de 1 miligrama de mercúrio por quilo.

Ações e Campanhas

Bloom, juntamente com a ONG Foodwatch, lançou uma campanha para pressionar as autoridades nacionais e europeias a mudarem a regulamentação atual.

Sua prioridade é aplicar ao atum o padrão mais rigoroso sobre o mercúrio vigente para outros peixes e defender essa medida perante a Comissão Europeia.

Contaminação com mercúrio de atum enlatado
Preocupa o nível de mercúrio no atum na Europa

Resposta da UE

Stefan de Keersmaecker, porta-voz da UE para Saúde e Segurança Alimentar, explicou que qualquer redução nos limites de mercúrio é baseada em “tão baixo quanto razoavelmente alcançável”.

Ele enfatizou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a proteção dos consumidores e a disponibilidade de peixe nos mercados. Os níveis atuais podem ser ajustados se houver evidências científicas claras que justifiquem uma redução.

Papel da EFSA e Recomendações

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) avalia os riscos associados a determinados contaminantes, e a Comissão Europeia estabelece os limites com base nessas avaliações. A EFSA espera em breve receber uma nova solicitação de avaliação de riscos e benefícios em relação ao consumo de peixe.

A espera de limites mais rígidos, os europeus devem se informar e se proteger em relação ao consumo de atum em conserva, que, embora rico em proteínas e ômega 3, também contém mercúrio. A pesquisa da Bloom destaca a necessidade de rever e atualizar as regulamentações para garantir a segurança alimentar.

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