Um tribunal da África do Sul decretou a proibição da pesca comercial em seis colônias-chave de reprodução dos pinguins do Cabo, também conhecidos como africanos, por pelo menos uma década. Esta medida visa proteger esta espécie emblemática, considerada em perigo crítico de extinção e se soma a outras ações de conservação.
Uma decisão crucial para as ações de conservação
A Alta Corte de Pretória emitiu esta sentença em resposta às campanhas de proteção lideradas por organizações como BirdLife South Africa.
O decreto proíbe a pesca comercial de sardinha e anchova em áreas vitais para os pinguins, como a Ilha Robben, a Ilha Dassen e a reserva natural de Stony Point. Estas espécies de peixes são essenciais para a alimentação dos pinguins, cuja reprodução é gravemente afetada quando não obtêm comida suficiente.
BirdLife South Africa celebrou a decisão, qualificando-a como “vitória histórica” na luta para salvar o pinguim africano, cuja população diminuiu 97% e poderia ser extinta na natureza até 2035 se seu declínio não for interrompido.
Ameaças e declínio da população de pinguins africanos
A diminuição nos números de pinguins africanos responde a vários fatores, como os derramamentos de óleo e as mudanças na disponibilidade de sardinha e anchova devido à atividade humana.
Esses problemas nutricionais levaram os pinguins a abandonar a reprodução, piorando ainda mais sua situação. Em 2018, havia mais de 15.100 casais reprodutores, número que caiu para 8.750 até o final de 2023, de acordo com dados da BirdLife South Africa.
Implementação e futuro da medida
A sentença estabelece um prazo de duas semanas para que o Ministério do Meio Ambiente implemente o fechamento da pesca nas seis áreas protegidas. Este esforço coordenado busca garantir a recuperação da espécie e preservar seu habitat.
Cientistas e conservacionistas consideram esta decisão como um passo essencial na conservação do pinguim africano e destacam a importância de medidas semelhantes em outras regiões para frear o impacto humano em espécies ameaçadas.
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