Descoberta em San Juan: três espécies de aves pré-históricas

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Uma equipe de **paleontólogos argentinos** identificou **três novas espécies de aves pré-históricas** no **Vale de Calingasta**, a oeste de **San Juan**, fornecendo informações-chave sobre um ecossistema desaparecido.

A descoberta, liderada por **pesquisadores do Conicet** e publicada na revista **Historical Biology**, permite retroceder **sete milhões de anos** para entender como a **mudança climática transformou as paisagens** da região.

Um ecossistema que desapareceu com o tempo

Durante o **Mioceno tardio**, **Calingasta** era uma **planície úmida**, com **lagos temporários**, onde conviviam **patos, flamingos, garças, macás e avocetas**, juntamente com **gliptodontes e grandes herbívoros extintos**.

No entanto, com o tempo, o clima **tornou-se mais seco**, os lagos **desapareceram** e o ambiente foi ocupado por **pastagens**, provocando a extinção dessas espécies aquáticas.

As três novas espécies de aves pré-históricas

Os pesquisadores descreveram três espécies completamente novas para a ciência:

  • Hunucornis huayanen: um macá mergulhador, semelhante a um pato, mas adaptado à **vida subaquática**. Seu nome combina **”Hunuc”**, deidade protetora dos animais de acordo com os **Huarpes**, com a cidade de **Huayán**.
  • Zqueheanas hebe: um pato relacionado com os **cauquenes**, habitante de **águas pouco profundas**. Seu nome presta homenagem a **Hebe de Bonafini**, defensora dos direitos humanos.
  • Palaelodus haroldocontii: um parente extinto dos **flamingos modernos**, com um **pico fino e pontiagudo**, ideal para consumir **insetos e moluscos**. Seu nome homenageia o escritor **Haroldo Conti**, desaparecido na ditadura.

Uma descoberta que interpela o presente

Além do valor paleontológico, os cientistas destacam que essa descoberta permite **refletir sobre o impacto das mudanças climáticas** nos ecossistemas modernos.

“Essa fauna aparece logo antes de uma grande mudança climática. Analisar sua extinção nos ajuda a compreender como as comunidades atuais poderiam responder a cenários de aridez crescente”, afirmou **Federico Agnolin**, coautor do estudo para a Agência CTyS-UNLaM.

Perspectivas futuras

Os especialistas continuam explorando a região de **Puchuzum**. Eles estão em busca de novos fósseis que ampliem a compreensão sobre **as transformações ambientais** ocorridas há milhões de anos.

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