Investigadores da Universidade de Monash detectaram cinco planetas extremamente jovens, ainda em processo de crescimento, utilizandouma técnica inovadora.
As descobertas fazem parte do projeto internacional exoALMA e foram publicadas em 17 artigos na revista Astrophysical Journal Letters.
O estudo apresenta um método que permite detectar planetas ocultos por gás e poeira, revelando como se formam e evoluem os sistemas solares em suas primeiras etapas.
A técnica que muda a busca por planetas
Tradicionalmente, os astrônomos identificam exoplanetas através da detecção de sua luz direta, mas o projeto exoALMA desenvolveu uma abordagem diferente:
- Em vez de observar os planetas, analisa os efeitos que geram em seu entorno.
- A comparação é como ver ondas em um lago para detectar um peixe, em vez de procurar o próprio peixe.
“Isso nos permite detectar planetas muito mais jovens do que antes era possível”, explicou Christophe Pinte, pesquisador principal do estudo.
Planetas jovens em formação: rápidos e dinâmicos
Graças a essa nova técnica, os cientistas conseguiram identificar planetas com apenas alguns milhões de anos, o que equivale a 1.000 vezes menos do que a idade da Terra.
Uma das descobertas-chave é que os planetas se formam em períodos surpreendentemente curtos, em menos de alguns milhões de anos, dentro de ambientes altamente dinâmicos, influenciados por numerosos mecanismos físicos.
Impacto na astronomia
Esta descoberta abre novas possibilidades para:
- Compreender melhor a evolução dos sistemas solares jovens.
- Aprimorar modelos de formação planetária, melhorando a precisão das teorias existentes.
- Detectar mais exoplanetas no futuro, com tecnologias que explorem regiões ainda desconhecidas.
A pesquisa do exoALMA marca um passo crucial na exploração astronômica, fornecendo informações únicas sobre como nascem e mudam os planetas com o tempo.
