A Reserva Real Príncipe Mohammed bin Salman surpreendeu ao revelar descobertas importantes: a descoberta de cinco novas espécies desconhecidas para a ciência, o registro de três espécies pela primeira vez em território saudita e 34 ampliações de alcances globais. Estes avanços elevam para 791 o número total de espécies terrestres identificadas na reserva, que, apesar de ocupar apenas 1% do território saudita, abriga mais da metade das espécies terrestres do país.
De acordo com os pesquisadores, essas descobertas são resultado de quatro anos de pesquisas realizadas por uma equipe de especialistas sauditas e internacionais. Entre as novas espécies, destaca-se um geco listrado (Hemidactylus sp.), identificado por seus nódulos brancos e listras horizontais, desempenhando um papel chave no controle de pragas no deserto.
Além disso, foi encontrada uma cobra de colarinho negro de Hejaz (Rhynchocalamus hejazicus), não venenosa, de cor vermelha brilhante e um distintivo colarinho negro, e três plantas com valor ecológico, cultural e medicinal: o cardo (Echinops sp. aff. glaberrimus), a reseda (Reseda sp. aff. muricata) e a beladona (Hyoscyamus sp.).
Além disso, no icônico vale de Wadi Al-Disah, que está na lista preliminar de locais do Patrimônio Mundial da UNESCO, foram documentadas mais de 200 espécies.
A importância da reserva como refúgio bioclimático
O diretor geral da reserva, Andrew Zaloumis, destacou seu papel crucial como refúgio bioclimático em um contexto de mudanças climáticas que ameaçam os habitats tradicionais. Estes avanços foram possíveis graças à colaboração entre cientistas sauditas e especialistas de 14 países.
Desde 2021, a reserva realizou estudos sazonais de biodiversidade em colaboração com a Universidade Rey Abdullah de Ciência e Tecnologia (KAUST) e outras instituições. Até o momento, foram registradas:
- 461 espécies de plantas.
- 240 espécies de aves.
- 39 espécies de répteis.
- 18 espécies de morcegos.
- 31 espécies de mamíferos.
- Uma espécie de anfíbio.
- Um peixe de água doce.
Estes esforços são complementados por programas de monitoramento projetados para melhorar a gestão sustentável da reserva. Por sua vez, a reserva contribuiu significativamente para o conhecimento científico global. Os resultados foram publicados em quatro artigos acadêmicos revisados por pares, e outros quatro estão em processo de publicação. De acordo com a Agência de Imprensa Saudita, essas descobertas fortalecem o compromisso da Arábia Saudita com a conservação da natureza em nível global e posicionam o país como um ator-chave na proteção da biodiversidade.
Descoberta de uma nova espécie predadora na Fossa de Atacama
Uma equipe de cientistas do Instituto Oceanográfico Woods Hole (WHOI) nos Estados Unidos e do Instituto Milênio de Oceanografia (IMO) no Chile fez uma descoberta surpreendente em um dos lugares mais inexplorados do planeta: a Fossa de Atacama. Esta região, localizada em frente às costas do Peru e Chile, revelou uma nova espécie de predador marinho que nunca havia sido registrada antes, a qual os pesquisadores batizaram de Dulcibella camanchaca.
Embora explorar o fundo do mar ainda seja um dos maiores desafios para a ciência devido às condições extremas que dificultam o acesso a esses ambientes, os pesquisadores não tiveram problemas em encontrar esta nova espécie. Esta descoberta recente ganhou grande relevância, uma vez que representa um avanço significativo na compreensão da biodiversidade das profundezas oceânicas.
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