Um novo estudo publicado no Journal of Animal Ecology revela que os elefantes africanos não apenas percorrem mais de 50 quilômetros diariamente em busca de alimento e água, mas também possuem uma extraordinária capacidade de otimizar seu consumo de energia ao se deslocarem. Isso foi alcançado através do uso de GPS interno nos elefantes.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, do Centro Alemão para Pesquisa Integrativa da Biodiversidade (iDiv) e da Universidade Friedrich-Schiller de Jena analisaram dados de rastreamento GPS de 157 elefantes africanos entre 1998 e 2020 no norte do Quênia. Os resultados indicam que esses gigantes terrestres selecionam estrategicamente suas rotas, evitando terrenos acidentados e escolhendo áreas com vegetação abundante.

Uma questão de energia
Devido ao seu grande tamanho, os elefantes precisam consumir enormes quantidades de vegetação diariamente. No entanto, o movimento representa um esforço físico considerável. Portanto, o estudo mostra que os elefantes escolhem seus caminhos com base na eficiência energética.
Os dados revelaram que:
- 94% evita terrenos íngremes, selecionando rotas mais acessíveis.
- 93% prefere áreas com alta produtividade vegetal, otimizando a busca por alimento.
- 74% evita áreas difíceis quando se movem lentamente, percentual que aumenta para 87% em velocidades intermediárias e 93% em deslocamentos rápidos.
Além disso, alguns indivíduos permanecem próximos a fontes de água, enquanto outros percorrem grandes distâncias, o que indica estratégias diversas dentro da espécie.
Paisagens energéticas e conservação
Para compreender essas decisões, os pesquisadores utilizaram o ENERSCAPE, um modelo computacional que estima o custo energético do movimento de acordo com a massa corporal do elefante e a inclinação do terreno. Ao integrar esses dados com imagens de satélite de vegetação e disponibilidade de água, eles conseguiram construir um “mapa energético” que explica como os elefantes escolhem seu caminho.
O estudo tem implicações-chave para a conservação. Emilio Berti, do Centro Alemão para Pesquisa Integrativa da Biodiversidade, destacou que essas descobertas permitirão projetar corredores migratórios e áreas protegidas mais eficazes, minimizando os conflitos com humanos e garantindo o acesso a recursos essenciais.
Além disso, os resultados podem ajudar a prever como os elefantes responderão às mudanças climáticas, um fator crucial que impacta a disponibilidade de alimento e água.
Segundo o professor Fritz Vollrath, da Universidade de Oxford, o comportamento dos elefantes é comparável ao das aves que aproveitam as correntes térmicas para reduzir o esforço de voo: “Este estudo demonstra que os elefantes, assim como outras espécies, buscam economizar energia sempre que possível”.

Pupy, a última elefanta do antigo Zoológico de Buenos Aires, mais perto de se mudar
Pupy, a última elefanta do antigo Zoológico de Buenos Aires, está se preparando para se mudar para o Brasil. Embora não haja uma data definida, o dia da partida está cada vez mais próximo.
Nesse sentido, ela se prepara sem pressa. Entra na grande caixa de ferro preparada exclusivamente para que possa viajar, com tranquilidade. A elefanta parece se sentir confortável dentro do habitáculo.
O treinamento de Pupy serve para prepará-la para chegar ao Santuário de Elefantes do Brasil (SEB), localizado no estado de Mato Grosso. Lá ela iniciará uma nova vida com animais de sua espécie.
Fonte: El ciudadano web.
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