Rastros fósseis revelam que os pterossauros também caminhavam sobre a Terra.

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Investigadores da Universidade de Leicester descobriram pegadas fósseis com mais de 160 milhões de anos, demonstrando que alguns pterossauros, os grandes répteis voadores do Mesozoico, também eram capazes de se deslocar por terra.

O estudo, publicado na revista Current Biology, utilizou modelos 3D e comparações com esqueletos para relacionar as pegadas com diferentes tipos de pterossauros.

Três tipos de pegadas e seu significado ecológico

Os cientistas identificaram três tipos distintos de pegadas, fornecendo dados sobre os estilos de vida e adaptações desses animais:

  • Neoazhdarchianos: Incluem o Quetzalcoatlus, um dos maiores animais voadores da história com 10 metros de envergadura. Suas pegadas foram encontradas em áreas costeiras e interiores, indicando que esses répteis também habitavam em terra.
  • Ctenocasmatoideos: Pterossauros com mandíbulas longas e dentes afiados, cujas pegadas aparecem em depósitos costeiros, sugerindo que caçavam em margens lamacentas e lagoas.
  • Dsungaripteridos: Possuíam membros robustos e mandíbulas projetadas para triturar mariscos. Suas pegadas foram encontradas nas mesmas camadas de rocha que conservam seus fósseis, confirmando sua relação direta.
huellas fósiles
Pegadas fósseis de pterossauros demonstraram novas características 

Uma mudança evolutiva na metade da Era dos Dinossauros

Esta descoberta apoia a teoria de que, há cerca de 160 milhões de anos, vários grupos de pterossauros tornaram-se mais terrestres, modificando seu comportamento e adaptando-se a novos ecossistemas.

O estudo redefine nossa compreensão sobre como esses répteis interagiam com seu ambiente e como evoluíram suas estratégias de sobrevivência.

Pegadas: uma nova fonte de informação paleontológica

Por décadas, os estudos sobre pterossauros eram baseados principalmente em fósseis ósseos. No entanto, as pegadas fósseis fornecem dados únicos sobre a locomoção, o comportamento e a ecologia dessas criaturas.

Graças a essa análise, os cientistas agora podem estudar com maior precisão como os pterossauros viviam em seus habitats naturais, inclusive até o impacto do asteroide que os levou à extinção há 66 milhões de anos.

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