Trump proíbe cientistas federais de trabalhar em relatório climático global crucial.

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A administração de Donald Trump instruiu os cientistas do Governo dos EUA que estavam trabalhando em um relatório climático global crucial a interromperem seu trabalho, de acordo com um pesquisador envolvido no relatório. Este é o último movimento para retirar os EUA da ação e pesquisa climática global.

Os EUA estavam profundamente envolvidos no planejamento da próxima entrega do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a principal autoridade científica mundial sobre mudanças climáticas, que será publicado em 2029.

O IPCC avalia como a crise climática está afetando o planeta de acordo com a ciência mais recente. Seus relatórios exigem milhares de cientistas ao longo de muitos anos para serem produzidos e são usados para informar os responsáveis políticos em todo o mundo sobre os riscos apresentados pelo aquecimento global.

Impacto na reunião do IPCC e reações

Uma reunião internacional de autores do IPCC que estava programada para ocorrer na China na próxima semana agora está em suspenso. Kate Calvin, cientista chefe da NASA e principal assessora climática, deveria co-presidir a discussão, mas foi afetada pela ordem de interromper o trabalho, segundo o cientista envolvido no relatório. A reunião estava planejada para discutir os próximos passos no desenvolvimento do relatório.

A fonte que revelou a decisão de Trump ao portal CNN disse que “não estavam seguros do que isso significa para o trabalho planejado no futuro, ou se os cientistas americanos participarão da redação dos relatórios do IPCC”.

A notícia da ordem de interrupção do trabalho também foi relatada pela agência Reuters.

O IPCC é considerado a espinha dorsal da ciência climática global, fornecendo ao mundo conhecimentos imparciais e baseados em evidências necessários para enfrentar a crise climática.

Estados Unidos deixará o Acordo de Paris

Em seu primeiro dia no cargo este ano, o presidente Donald Trump retirou os EUA do Acordo de Paris, um tratado internacional sobre mudanças climáticas no qual quase 200 países concordaram em trabalhar juntos para limitar o aquecimento global. É uma repetição de uma ação que Trump tomou em seu primeiro mandato.

O Acordo de Paris, assinado há quase uma década, é o desenvolvimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, adotada em 1992. Nela já estava estabelecido que os gases de efeito estufa emitidos pelo ser humano estão por trás do aquecimento global.

Para sair, o Governo dos Estados Unidos deverá apresentar uma carta formal solicitando-o à secretaria da convenção-quadro. E dentro de um ano a saída seria consumada pela segunda vez do principal responsável histórico pelas mudanças climáticas.

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