Um estudo revela a alarmante perda de biodiversidade vegetal nestes ecossistemas

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Um estudo internacional recente publicado na revista Nature alerta sobre uma significativa perda de biodiversidade vegetal em ecossistemas impactados por atividades humanas.

Pesquisadores do CONICET participaram deste estudo que abrangeu mais de 5500 locais em 119 regiões do mundo, incluindo áreas da Argentina como Córdoba e Santa Cruz.

Impactante queda da biodiversidade vegetal: o que é a “diversidade escura”

O estudo introduz o conceito de “diversidade escura”. Refere-se às espécies vegetais que poderiam habitar um ecossistema dadas as condições ambientais, mas que não estão presentes por outros fatores. Como a degradação do habitat, a presença de espécies invasoras ou a pressão humana.

O que diz o estudo internacional. (Foto: CONICET-cortesia de Lucas Enrico). O que diz o estudo internacional. (Foto: CONICET-cortesia de Lucas Enrico).

Os resultados mostram que, em áreas com baixo impacto humano, os ecossistemas contêm mais de um terço das espécies vegetais potenciais.

Já em áreas altamente perturbadas por atividades antrópicas como urbanização ou agricultura intensiva, a presença dessas espécies é drasticamente reduzida.

Impacto global e evidências na Argentina

A pesquisa, realizada por mais de 200 cientistas da rede internacional DarkDivNet, confirma que a perda de biodiversidade vegetal é uma tendência global.

Na Argentina, os locais analisados no Chaco Serrano (Córdoba) e na província de Santa Cruz apresentaram uma marcante ausência de espécies vegetais esperadas sob condições naturais.

A contribuição central do CONICET

Três pesquisadores do CONICET participaram do estudo: Melisa Giorgis e Lucas Enrico, do Instituto Multidisciplinario de Biología Vegetal (IMBIV, CONICET-UNC), e Pablo Peri, do Centro de Investigación y Transferencia de Santa Cruz (CIT Santa Cruz, CONICET-UTN-UNPA).

Sua contribuição permitiu incluir dados valiosos de ecossistemas argentinos nesta análise global.

O estudo faz um apelo urgente para reforçar as políticas de conservação, destacando a importância de proteger não apenas as espécies atualmente presentes, mas também aquelas que poderiam estar ausentes devido à ação humana.

“Este resultado mostra que os distúrbios antrópicos têm um impacto maior do que se pensava, chegando até mesmo a afetar as reservas naturais. A poluição, o desmatamento, o descarte de lixo, a pisoteio e os incêndios podem excluir as plantas de seus habitats naturais e impedir a recolonização”, indica Enrico.

Neste sentido, a pesquisa também destaca que a influência negativa da atividade humana foi menos pronunciada quando pelo menos um terço da região circundante permaneceu intocada.

Restaurar habitats degradados e limitar novos distúrbios antrópicos são estratégias-chave para recuperar a biodiversidade vegetal.

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