Uma equipe de pesquisa do MIT desenvolveu uma classe de materiais biodegradáveis que poderiam substituir as microesferas de plástico usadas em limpadores, cosméticos e produtos de beleza.
Esses novos polímeros se decompõem em açúcares e aminoácidos inofensivos, abordando o problema dos microplásticos.
Inovação em Polímeros Biodegradáveis
Ana Jaklenec e Robert Langer, pesquisadores principais do Instituto Koch para a Pesquisa Abrangente do Câncer do MIT, lideraram o desenvolvimento desses polímeros biodegradáveis.
Em seu estudo, publicado na Nature Chemical Engineering, eles demonstraram que as partículas podem encapsular nutrientes como vitamina A, D, E, C, zinco e ferro. Essas partículas protegem os nutrientes da degradação pelo calor e luz, sendo capazes de resistir à exposição à água fervente por duas horas e permanecer estáveis por seis meses em condições de alta temperatura e umidade.
Proibição de Microplásticos e Nova Alternativa
Desde 2023, a União Europeia proibiu o uso do polímero BMC, anteriormente usado para encapsular nutrientes, devido à sua classificação como microplástico. Em resposta, a equipe do MIT desenvolveu um material mais ecológico baseado em poli(beta-aminoésteres), polímeros biodegradáveis que se decompõem em açúcares e aminoácidos.
Ajuste de Propriedades e Futuras Aplicações
Os pesquisadores podem ajustar as propriedades desses polímeros, como a hidrofobicidade e a resistência mecânica, para otimizá-los para diversas aplicações.
As novas partículas biodegradáveis não apenas têm o potencial de substituir os microplásticos em cosméticos, mas também podem ser usadas para enriquecer alimentos com nutrientes essenciais, beneficiando milhões de pessoas com deficiências nutricionais.
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