No Alerzal Milenario está o segundo árvore mais antigo do planeta e está na Patagônia. “Chama-se lahuan, que significa avô na língua mapuche”, especificou Danilo Hernández Otaño, intendente do **Parque Nacional Los Alerces**. Orgulhoso do tesouro que está na **Patagônia**: o segundo **árvore mais antigo** do planeta.

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Um Sobrevivente Milenar

**”O avô”** é um sobrevivente. Já estava vivo antes da criação do Parque Nacional Los Alerces, onde se encontra, e muito antes da chegada de Colombo à América. Ele tem **2620 anos**. “Existe um decreto de 1937 que protege a área e, em 1940, o Parque Nacional Los Alerces foi formalizado”, explicou Hernández.

Antigamente, a **madeira de alerce** era usada porque não apodrece. Demora muito para crescer e muito para se degradar, sendo cortada para uso em carpintaria e embarcações. Hoje, claro, sua exploração é proibida.

História do Alerce

Por isso, “o avô” é um **monumento natural vivo**, localizado no meio da Patagônia. Este alerce passou por chuvas, ventos, incêndios e tudo o que poderia ter acontecido em mais de 2600 anos.

“Não tem nenhuma cicatriz de incêndio”, explicou Hernández, “mas tem uma de um golpe de machado. Isso porque, antes, os lenhadores cortavam uma parte para olhar o grão, se estava muito torto, descartavam. Ou seja, não cortavam porque não servia para madeira. Então, ele também teve sorte de não ter sido cortado”.

Características do Alerce

Este árvore milenar está localizado no Parque Nacional Los Alerces, às margens do lago Menéndez. Ele mede 57 metros de altura e 2,8 metros de diâmetro. São necessárias seis pessoas segurando suas mãos para circundar a árvore. “É a segunda árvore viva mais antiga do planeta”, afirmou o intendente do parque. A primeira é o **Pinus Longaeva** que está nos Estados Unidos.

Longevidade e Proteção

A longevidade desta árvore está relacionada com a sua localização. De acordo com os especialistas, a **cordilheira dos Andes** o protegeu, envolvendo-o em uma floresta praticamente inexplorada, onde não há estradas nem energia elétrica. Essas árvores milenares têm um crescimento lento e seus exemplares podem viver entre 3000 e 4000 anos e medir mais de 70 metros.

Como Chegar para Ver “O Avô”

Chegar até lá requer mais de uma hora de navegação e outra de caminhada. Parte-se de Esquel e é necessário percorrer cerca de cem quilômetros até a passarela que atravessa o rio Arrayanes na desembocadura do Lago Verde para chegar ao Parque Nacional Los Alerces.

A partir daí, caminha-se cerca de mil metros até Puerto Chucao, de onde é preciso embarcar em um catamarã, navegar pelo Lago Menéndez e finalmente chegar ao alerzal, uma floresta onde os alerces convivem com arrayanes, cipós e pequenas orquídeas selvagens às margens do rio Cisne.

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