La Payunia, em Mendoza, Argentina, é uma Área Natural Protegida reconhecida por seu impressionante cenário vulcânico, biodiversidade e valor arqueológico.
Com mais de 800 cones vulcânicos e um cenário composto por extensos campos de lava e cinzas, este território é fundamental para a conservação de espécies nativas como o guanaco, o choique e o cóndor andino.
Um ecossistema singular
Características geológicas: é uma das áreas de maior densidade vulcânica do mundo, com uma média de 10,6 vulcões por cada 100 km². Sua atividade vulcânica remonta ao final do período terciário e moldou suas planícies e encostas.
Biodiversidade: Lar de animais autóctones como a puma, o gato andino e o zorro colorado, além de espécies migratórias como o guanaco.
Conservação do Guanaco
O guanaco, um herbívoro nativo da América do Sul, precisa de habitats extensos e conectados para seus padrões migratórios. Graças aos esforços de conservação:
- Os guanacos podem percorrer até 150 quilômetros dentro de La Payunia sem interrupções.
- Sua movimentação contribui para o equilíbrio ecológico ao regenerar pastagens e armazenar carbono no solo.
As 40.000 hectares recentemente doadas ao domínio público reforçam essas ações ao garantir a conectividade entre as áreas de alimentação e reprodução dos guanacos, complementando as 42.000 hectares protegidas desde 2019.
Essas medidas evitam atividades que ameaçam os ecossistemas, como a caça furtiva e a extração de hidrocarbonetos.
Colaboração de organizações e estado
Desde 2004, WCS Argentina e outras instituições como o CONICET têm trabalhado em pesquisas sobre padrões migratórios e estratégias de conservação.
Essas colaborações permitiram a implementação de esquemas de monitoramento e o desenvolvimento de projetos inovadores como a pecuária regenerativa.
Candidata a patrimônio da humanidade
La Payunia, com seu excepcional cenário e biodiversidade, é candidata a ser declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.
Sua singularidade destaca o equilíbrio entre o desenvolvimento turístico sustentável e a conservação de um dos ecossistemas mais valiosos do hemisfério sul.
Foto de capa: Cilsa
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