A Justiça confirmou uma disposição a favor do ambiente ao ordenar retomar as obras de saneamento do lixão de Luján. No âmbito da causa vinculada ao maior vertedouro a céu aberto do país, a Câmara Federal de San Martín confirmou uma resolução central que permitirá o avanço.
Além disso, encarregou o Ministério do Meio Ambiente da província de Buenos Aires de supervisionar. O terreno, localizado a 800 metros da rota 192, tem quase 13 hectares.
## Basural de Luján: ordenaram retomar o saneamento
Uma medida cautelar estava em vigor devido a uma ação movida por organizações ambientalistas e um grupo de moradores do município liderado pelo prefeito Leonardo Boto. Eles denunciaram graves irregularidades no projeto, também conhecido como “Predio Sucre”.
De acordo com suas alegações, a iniciativa, já desenvolvida em 70%, representava um risco para a saúde pública devido a uma série de deficiências básicas. Também argumentavam que descumpria normas ambientais e resultava em maior contaminação.
A Justiça decidiu suspender a medida, mas após uma apelação, a Sala II da Câmara Federal de San Martín, composta pelos juízes Alberto Agustín Lugones e Néstor Pablo Barral, se pronunciou nas últimas horas e confirmou a decisão.
## A decisão da Câmara
![El basural de Luján.](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2024/12/basural-lujan.jpg)
Em uma resolução de 50 páginas, detalhou os diferentes argumentos apresentados pelas partes.
Ao resolver a questão central, os juízes se basearam na decisão do juiz anterior e expressaram que consideravam “desproporcional” a paralisação das obras.
Além disso, “diante do interesse da parte autora, está em jogo o interesse público da comunidade de Luján”.
O projeto proposto implicaria o fechamento técnico do atual lixão a céu aberto e a construção de um centro ambiental, onde, além da disposição final dos RSU (Resíduos Sólidos Urbanos) do Município, estava prevista a operação de uma planta de separação.
Também incluiria a classificação de resíduos recicláveis e um sistema de tratamento de lixiviados.
Segundo os juízes, esse projeto “estaria proporcionando uma melhor qualidade de vida sanitária aos habitantes de Luján”, em particular, aos moradores dos bairros próximos ao BCA (lixão a céu aberto).
Também destacaram os catadores de materiais recicláveis e os alunos e professores que frequentam a escola próxima, que, com o processo de conversão, conseguiriam “uma melhoria em sua habitação e/ou atividade”.
Além disso, afirmaram: “o possível prejuízo que a continuação do projeto poderia causar seria sensivelmente menor em comparação com a situação ambiental atual ou com o agravamento que poderia ocorrer pela suspensão do avanço das obras”.
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