O Brasil ampliará sua plataforma continental, está confirmado. A proposta do país vizinho foi aprovada pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Será em direção à costa do litoral norte. Com isso, poderá explorar a chamada Margem Equatorial em uma área de aproximadamente 360.000 quilômetros quadrados.
Por que o Brasil está ampliando sua plataforma continental
A nova área se estende desde o estado do Amapá até o Rio Grande do Norte e ultrapassa as 200 milhas náuticas (370 quilômetros) da Zona Econômica Exclusiva.
Esta é a faixa marítima sobre a qual o país já possui direitos reconhecidos internacionalmente.
Com a decisão, publicada na quarta-feira, 26 de março, o Brasil poderá explorar a chamada Margem Equatorial em uma área de aproximadamente 360.000 quilômetros quadrados.
Desde 2017, o Brasil busca ampliar sua plataforma continental além das 200 milhas náuticas estabelecidas pelas autoridades internacionais. A avaliação da Margem Equatorial exigiu sete anos de diálogo entre especialistas brasileiros e especialistas da CLPC.
A nova plataforma continental do Brasil.
Recentemente, na 63ª sessão da Comissão, realizada em Nova York entre 17 e 28 de fevereiro, a delegação brasileira apresentou suas considerações finais, e o organismo as aprovou.
As discussões foram baseadas no Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac), liderado pela Marinha e apoiado pela empresa local Petrobras, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre outras instituições.
O novo território do Brasil
A nova extensão equivale ao território da Alemanha. “O reconhecimento representa uma importante conquista geopolítica e estratégica para o país”, afirmou a Marinha em comunicado.
“Sabemos da importância dessa decisão para o Brasil. Além de fortalecer a soberania do país, permitirá o acesso aos recursos naturais presentes na região”, afirmou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos.
Por outro lado, é importante ressaltar que a nova área reconhecida pela ONU não coincide com a região onde a Petrobras busca licença para perfuração de petróleo.
Embora ambas estejam na Margem Equatorial, a região de interesse da empresa estatal está dentro do limite de 200 milhas náuticas já pertencentes ao Brasil.
A perfuração prevista pela Petrobras
O primeiro poço da Petrobras está previsto no bloco FZ-M-59, na bacia do Amazonas, em águas do estado do Amapá.
Em 14 de março, a empresa informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que pretende concluir em março a unidade de estabilização de fauna em Oiapoque (estado do Amapá), uma das exigências do órgão regulador para a autorização da perfuração.
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