O câncer de pulmão é a principal causa de incidência e mortalidade por esta doença no mundo. Nos últimos anos, os padrões de subtipos mudaram consideravelmente e foi demonstrada uma relação entre a contaminação do ar e essa condição.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer recentemente forneceu estatísticas e detalhes sobre os fatores que influenciaram o aumento de casos.
Câncer de pulmão: a relação com a contaminação do ar
Em 2022, foram diagnosticados 2,5 milhões de casos de câncer de pulmão, correspondendo a uma taxa de incidência anual de 23,6 casos por cada 100.000 pessoas.
Segundo a Agência, que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS), os padrões desse tipo de câncer mudaram consideravelmente nas últimas décadas.
Embora as taxas de incidência em homens tenham diminuído de forma geral na maioria dos países nos últimos 30 a 40 anos, entre as mulheres tenderam a aumentar.
A relação entre o câncer de pulmão e a qualidade do ar.
A entidade explicou que as mudanças na fabricação de cigarros e nos padrões de consumo de tabaco ao longo das últimas décadas influenciaram as tendências de incidência do câncer de pulmão por subtipo.
Além disso, indicou que há cada vez mais evidências de que existe um vínculo causal entre a contaminação ambiental por material particulado e um maior risco de adenocarcinoma.
Os subtipos
Um novo estudo publicado hoje na revista médica The Lancet, às vésperas do Dia Mundial de Combate ao Câncer, detalhou que existem quatro principais subtipos de câncer de pulmão: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas, carcinoma de células pequenas e carcinoma de células grandes.
Os dados da pesquisa, referentes a 2022, mostraram que o adenocarcinoma pulmonar emergiu como o subtipo predominante nos últimos anos. Com um aumento dos riscos observados entre as gerações mais jovens, especialmente as mulheres, na maioria dos países avaliados.
O estudo também destaca que a maior carga de adenocarcinoma pulmonar atribuível à contaminação ambiental por material particulado foi registrada no Leste Asiático, especialmente na China.
Mudanças na incidência
Contaminação do ar
“Também fornecem pistas sobre como podemos prevenir de forma ideal o câncer de pulmão em todo o mundo”, destacou o chefe da Divisão de Vigilância do Câncer, chefe da Agência e autor principal da análise, Freddie Bray.
O estudo especifica que dos quase 2,5 milhões de casos de câncer de pulmão documentados no mundo em 2022, cerca de 200.000 foram do subtipo adenocarcinoma, atribuíveis à contaminação ambiental por material particulado.
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