Em janeiro de 2025, foram declarados sete novos humedais urbanos (HU) no Chile sob a Lei 21.202, que se somam aos 122 reconhecidos até dezembro de 2024.
Essas inclusões foram anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no início da “Semana dos Humedais” em fevereiro passado. Dessa forma, amplia-se a superfície protegida para 13.160,7 hectares, quase equivalente ao território da comuna de Maipú.
Essa lei, em vigor desde janeiro de 2020, representa um marco na conservação desses ecossistemas essenciais. Define critérios para sua identificação e garante sua proteção contra pressões como o desenvolvimento urbano.
Impacto da Lei 21.202 na conservação
Até o final de 2024, a aplicação da Lei 21.202 permitiu proteger 12.991,25 hectares, distribuídos em 122 humedais urbanos. Em 2025, os novos sete HUs somam 169,42 hectares adicionais.
A normativa busca mitigar o dano causado por atividades humanas, definindo os humedais como zonas de pântanos, brejos ou turfeiras, com águas permanentes ou temporárias, naturais ou artificiais, sempre dentro da área urbana.
Regiões líderes na proteção de humedais
Embora todas as regiões do Chile tenham pelo menos um HU, cinco se destacam: Los Lagos, com 26 humedais (21 solicitados por municípios); Valparaíso, com 22; Biobío, com 19; Santiago Metropolitana, com 12; e La Araucanía, com 11.
A maioria das declarações é feita a pedido das prefeituras, mostrando a importância da colaboração local nesse processo.
Tendências na declaração de humedais urbanos no Chile
Desde a primeira resolução em junho de 2021, que reconheceu os humedais urbanos Tranque La Dehesa 1 e 2 em Lo Barnechea, tem sido registrado um crescimento constante no número de reconhecimentos.
O boom inicial em 2021 somou 54 humedais protegidos, seguido por 38 em 2022 e 15 em cada um dos anos 2023 e 2024. Em termos de superfície, o maior avanço ocorreu nos primeiros 12 meses da normativa, acumulando mais de 8.383 hectares protegidos.
A importância dos humedais
Os humedais fornecem uma grande quantidade de benefícios e serviços fundamentais para a preservação da vida na Terra. Esses ecossistemas desempenham funções-chave como regular o clima, atuar como sumidouros de carbono.
Eles fornecem água doce, alimentos e recursos; controlam as inundações; representam a recarga de águas subterrâneas; são o lar permanente, ou de passagem, de muitas espécies de flora e fauna; e auxiliam no trabalho fundamental de mitigar as mudanças climáticas.
*Com informações do portal País Circular
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