COP16 em Roma: avançam as negociações para financiar a biodiversidade

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A COP16 em Roma continua quatro meses após o fechamento abrupto das negociações em Cali, Colômbia, a sede original.

Neste momento, países “ricos” e em desenvolvimento estão negociando freneticamente nesta quinta-feira em busca de mecanismos financeiros para proteger a biodiversidade. Este é o propósito essencial da conferência.

O tempo é implacável e restam poucos anos para que o mundo cumpra o objetivo de deter, até 2030, o avanço da desflorestação, da superexploração dos recursos naturais e da poluição.

Estes são os principais desafios para a alimentação da humanidade e a sobrevivência de milhões de espécies em perigo.

COP16 em Roma: os objetivos

Susana Muhamad, Ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável colombiana e presidente da cúpula. Susana Muhamad, Ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável colombiana e presidente da cúpula.[/caption>

Este rumo surgiu do acordo histórico de Kunming-Montreal, assinado no final de 2022. Faz parte de um programa de 23 objetivos a cumprir desde agora até o final da década.

O mais emblemático visa que em 2030 30% da terra e do mar sejam áreas protegidas, em comparação com os atuais 17% e 8%, conforme a ONU.

Segundo o calendário inicial, os 196 países signatários deveriam concordar na COP16 de Cali com a forma de financiar este plano de ação. O plano prevê aumentar para 200 bilhões de dólares anuais até 2030 os gastos dedicados à proteção da biodiversidade.

Isso inclui 30 bilhões de dólares de ajuda dos países mais desenvolvidos para os países mais pobres.

A controvérsia entre países

O principal motivo de controvérsia está na forma como esse dinheiro deve ser arrecadado e distribuído, e na arquitetura institucional do mecanismo. Este é o ponto que levou a uma prorrogação das negociações por três dias em Roma, sendo esta quinta-feira o último dia previsto.

Após dois dias de negociações na sede da FAO em Roma (a organização da ONU para alimentação e agricultura), os negociadores receberam na quarta-feira um novo texto preparado pela presidência colombiana.

Os países em desenvolvimento exigem a criação de um fundo específico para a proteção da natureza, e sob a autoridade da COP, conforme previsto no texto da convenção sobre biodiversidade de 1992.

Por outro lado, os países mais industrializados, liderados pela UE, Japão e Canadá- com a ausência dos Estados Unidos, que não assinou a convenção mas é um importante contribuinte- estão em desacordo.

Eles temem que, com a eventual criação de um novo fundo, “a ajuda ao desenvolvimento seja fragmentada”, já que está diminuída devido às dificuldades orçamentárias de uns e outros e à retirada agressiva da administração de Donald Trump em relação à questão climática.

O que diz o texto proposto

proteger la biodiversidad del planeta A COP16, crucial para a proteção da biodiversidade.

O compromisso da presidência colombiana, representada pela ministra Susana Muhamad, prevê “melhorar o desempenho” dos instrumentos já existentes.

Começa com o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF em inglês) e o Fundo Marco Global para a Biodiversidade (GBFF). Uma solução provisória adotada em 2022 e que prevê um total de 400 milhões de dólares.

Prevê-se, inclusive, que após a COP18 sobre biodiversidade, em 2028, seja decidido se é necessário lançar um novo fundo, ou se esses instrumentos existentes podem ser transformados para atender às expectativas dos países em desenvolvimento.

Os debates devem ser concluídos inicialmente durante a tarde/noite, embora não esteja descartada uma prorrogação até sexta-feira.

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