No contexto do aumento dos desmatamentos ilegais no Chaco, a Justiça provincial solicitou a detenção do empresário florestal Alessio Roberto Nardelli.
Isso ocorreu por violar uma medida cautelar que o proibia de avançar com a atividade. Segundo o promotor, isso se deu por cinco atos de “desobediência judicial“, nos quais realizou atividades de desmatamento sem a devida autorização.
Desmatamentos ilegais no Chaco: ordenam detenção de um importante empresário florestal
O promotor federal de Resistência, Patricio Sabadini, solicitou na quinta-feira ao Tribunal Federal nº 1 a detenção e interrogatório do empresário florestal Nardelli, de 59 anos.
A “Máfia do Desmatamento” no Chaco.
Isso se deve à violação da medida cautelar que suspende os desmatamentos na província de Chaco.
A solicitação se baseia em cinco atos de desobediência judicial nos quais o empresário realizou atividades de desmatamento sem a devida autorização, apesar da proibição vigente desde agosto de 2024.
Segundo o relatório da Promotoria, o primeiro ato ocorreu em 21 de fevereiro passado, quando a Gendarmeria Nacional constatou que Nardelli estava realizando tarefas de desmatamento em uma propriedade localizada perto de Tres Isletas.
Naquela ocasião, foi apreendido um trator de esteira e verificou-se a ilegalidade do desmatamento, uma vez que não possuía as autorizações necessárias.
Posteriormente, na investigação, a Promotoria descobriu três atos adicionais anteriores a essa data, ocorridos em 2 e 6 de janeiro e 18 de fevereiro de 2025.
Todos esses desmatamentos foram considerados ilegais, uma vez que não possuíam o respaldo de um Plano de Desmatamento Perimetral e Transversal, o único documento autorizado para realizar esse tipo de trabalho na região.
A “Máfia do Desmatamento”: o último ato pelo qual Nardelli é acusado
Os desmatamentos ilegais no Chaco.
O último ato imputado a Nardelli refere-se à transferência do trator de esteira apreendido para outra propriedade no contexto da investigação, o que complicou ainda mais sua situação.
No documento, Sabadini argumentou que a conduta do empresário não apenas viola a lei, mas também está “obstruindo” o curso da investigação, o que justificaria a medida de detenção.
O promotor destacou que os requisitos do artigo 283 do Código de Processo Penal da Nação estão reunidos para garantir a comparecência de Nardelli perante a Justiça.
Além disso, ressaltou a gravidade da situação, uma vez que as ações do empresário afetam diretamente a preservação do meio ambiente e os esforços para deter a desflorestação ilegal no Chaco.
Este caso está inserido na causa conhecida como “Máfia do desmatamento”, impulsionada pela Associação Argentina de Advogados Ambientalistas, que busca deter o avanço ilegal dos desmatamentos na região.
Essa medida cautelar, decretada em agosto de 2024, que Nardelli violou, proíbe os desmatamentos no Chaco, com o objetivo de proteger as florestas nativas e preservar a biodiversidade da região.
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