Marcela Ferreyra, bióloga, professora e guia de turismo botânico colabora com Cecilia Ezcurra, doutora em ciências biológicas e pesquisadora do INIBIOMA, focada na sistemática e evolução das plantas do sul da América do Sul.
Ezcurra foi professora na Universidade Nacional del Comahue e diretora do Herbario do Centro Regional Universitario Bariloche. Juntas, realizam oficinas sobre espécies de alta montanha, compartilhando seu conhecimento com técnicos, extensionistas e o público em geral.
Espécies de Alta Montanha
A flora de alta montanha é de especial interesse devido às adaptações morfológicas e fisiológicas das espécies às condições ambientais extremas. A presença de endemismos restritos e a riqueza específica da flora de altitude são notáveis. Fatores como o isolamento geográfico, os processos orogênicos, as glaciações e as mudanças climáticas promovem a diversificação desta flora.
Impacto de Atividades Humanas
Apesar de sua localização remota, os ambientes de alta montanha não estão livres de impactos negativos decorrentes de atividades humanas como mineração, pecuária e turismo. Essas atividades podem levar à compactação do solo, à redução da cobertura vegetal e à perda de espécies nativas.
Flora do Norte de Neuquén
A flora de alta montanha do norte de Neuquén é especialmente rica e interessante, desenvolvendo-se em uma zona de transição entre os Andes Patagônicos e os Andes Centrais ou Cuyanos. Esta região abriga um número notável de espécies microendêmicas. Algumas dessas espécies estão em situação de vulnerabilidade devido à sua distribuição restrita e ao uso intensivo de seus habitats durante a primavera e o verão.
Ferreyra e Ezcurra elaboraram relatórios e listagens de espécies exclusivas de alta montanha em situação de vulnerabilidade. Esses dados buscam contribuir para a tomada de decisões, ao elaborar planos de manejo de áreas protegidas existentes e avaliar a criação de futuras reservas.
Já conhece nosso canal do YouTube? Inscreva-se!