O governo de Entre Ríos suspendeu e multou a empresa Horizonte Gases SRL, localizada em Concordia, por enterrar cinzas sem controle e sem os cuidados necessários.
Isso, além disso, se somou a sérios descumprimentos das normativas. A decisão foi baseada em múltiplas inspeções que evidenciaram práticas inadequadas na gestão de resíduos perigosos.
Uma empresa foi suspensa por enterrar cinzas e causar graves danos ambientais
A Secretaria de Meio Ambiente da província constatou que a Horizonte Gases operava sem o certificado ambiental necessário, apesar de ter sido intimada em várias ocasiões desde 2013.
A empresa se dedica ao tratamento de resíduos patológicos e perigosos. Sua atividade, sem a devida autorização, representa um risco para a saúde pública e o ambiente.
Nesse sentido, a Secretaria de Meio Ambiente decidiu suspender as atividades da empresa, permitindo que ela continue operando internamente enquanto regulariza sua situação.
O que a empresa faz.[/caption>
Além disso, estão sendo buscadas alternativas para garantir a coleta e o tratamento adequado dos resíduos patológicos gerados na região.
A resolução provincial exige que a Horizonte Gases apresente um novo plano de disposição final, além de proibir a entrada de resíduos até que a situação seja regularizada.
Por outro lado, há uma multa econômica de apenas $ 500.000, com a possibilidade de ser paga em parcelas, de acordo com as normas atuais.
Moradores do bairro El Silencio, onde a planta está localizada, relataram odores nauseabundos e problemas respiratórios, como tosse e dores de cabeça, atribuíveis às emissões da empresa. Essas denúncias levaram à intervenção da Polícia Federal e à busca no estabelecimento.
Por enquanto, a empresa deverá ajustar suas operações de acordo com a legislação ambiental vigente para poder retomar suas atividades. A Secretaria de Meio Ambiente expressou sua disposição em colaborar nesse processo, com o objetivo de garantir a proteção do ambiente e a saúde da comunidade.
A defesa da empresa
Em sua defesa, a Horizonte Gases afirmou que a Prefeitura de Concordia havia autorizado a disposição final dos resíduos. No entanto, o órgão provincial afirmou que não há registro de que os procedimentos e normas ambientais obrigatórias tenham sido cumpridos.
A empresa, conforme divulgado pelo jornal local Diario Junio, havia assinado um acordo em agosto de 2024 onde se comprometia a informar quantos resíduos havia acumulado e como os retiraria. O prazo original era de cinco dias, mas oito meses depois esse compromisso ainda não havia sido cumprido.