Islândia enfrenta uma nova erupção vulcânica que causou evacuações em massa na cidade piscatória de Grindavik e ameaça se estender para áreas habitadas e atrações populares como a Lagoa Azul.
O vulcão, localizado no sudoeste do país, começou a lançar lava em um impressionante espetáculo visual desde a manhã, criando uma fenda que se expandiu até 1,2 quilômetros de comprimento.
Evacuações e situação atual
A maioria dos 4.000 habitantes de Grindavik deixaram a cidade, embora alguns tenham decidido ficar apesar dos riscos.
Uma tubulação de água quente se rompeu na parte norte de Grindavik devido a grandes fendas na localidade. As barreiras de proteção que cercavam a área se romperam, aumentando o risco de que os fluxos de lava alcancem áreas habitadas.
A atividade vulcânica em Grindavik já havia provocado evacuações em massa em 2023, e o vulcão teve múltiplas erupções desde então.
Atividade vulcânica e riscos
O comprimento do magma sob a série de crateras atingiu 11 quilômetros, o maior registrado desde novembro de 2023. O corredor de magma se estende cerca de 3 quilômetros mais a nordeste do que em erupções anteriores.
Segundo a Oficina Meteorológica da Islândia (OMI), a poluição está se dirigindo para o nordeste, impactando áreas próximas à capital, dependendo dos ventos atuais.
História geológica e contexto da atividade vulcânica na Islândia
A Islândia está situada sobre a Cordilheira Mesatlântica, o limite entre duas placas tectônicas principais.
A península de Reykjanes tem experimentado múltiplas erupções desde 2021, sendo esta a primeira atividade vulcânica significativa na região em 800 anos.
Historicamente, as erupções têm continuado por décadas, destacando o potencial de atividade prolongada na área.
Impacto na comunidade
A evacuação é um processo emocionalmente difícil para os residentes. Thormar Omarrson, que dirigia uma pizzaria em Grindavik, descreveu a dor de abandonar sua comunidade, que foi sua casa por mais de 30 anos.
Enquanto alguns se recusam a evacuar, outros expressam sua preocupação com os impactos a longo prazo de viver perto de um vulcão ativo.
Foto de capa: AP
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