Com a propagação dos incêndios, a Patagônia está passando por um dos momentos mais críticos das últimas décadas. Com três grandes focos que afetam diversas regiões: El Bolsón, em Río Negro; Epuyén, em Chubut; e o Valle Magdalena, no Parque Nacional Lanín, em Neuquén.
Embora medir o impacto ambiental seja uma tarefa complexa, já existem algumas estimativas sobre o tempo que as reparações naturais podem demorar.
Recentemente, um jovem ambientalista previu que a restauração desses ecossistemas poderia levar mais de 200 anos. Foi o que expressou Luis Martínez, ativista de Corrientes, quando consultado.
Incêndios na Patagônia: até 200 anos para recuperar perdas
As declarações foram feitas no Noticiero Central do Canal de Noticias 24/7. Ali, ele destacou a gravidade dos danos causados pelas chamas.
O especialista ressaltou que é muito difícil calcular com precisão a quantidade de espécies afetadas pelos incêndios. Além disso, afirmou que em algumas áreas será necessário realizar um levantamento da intensidade do dano, para decidir se é possível intervir ou se deve permitir que a natureza siga seu curso e consiga se regenerar.
Esse processo dependerá em grande medida das chuvas, explicou. “A recuperação dessas áreas devastadas não levará 10 ou 20 anos, mas mais de 200 anos para que os ecossistemas possam se restabelecer adequadamente”, determinou Martínez.
Também alertou sobre a diminuição das precipitações no país, o que gerou secas e piorou a situação dos incêndios.
Pedem que a Nação declare emergência econômica
A insuficiência de fundos para cobrir as perdas causadas pelo fogo desencadeou uma cascata de doações e de correntes solidárias. No entanto, o Senado busca aprovar uma lei de emergência econômica para garantir sustento.
Existe um antecedente próximo, quando a Câmara alta a aprovou por fatos semelhantes na província de Córdoba.
A solicitação foi feita pela rionegrina Mónica Silva, que pediu a declaração de emergência habitacional, ambiental e econômica em Río Negro e Chubut por 180 dias, com o objetivo de atender às demandas das principais regiões afetadas pelos incêndios: El Bolsón, Epuyén, El Hoyo e Comarca Andina.
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