A promotora federal Josefina Minatta iniciou de ofício uma investigação sobre o projeto de instalação de uma planta de combustíveis em Paysandú, na costa do rio Uruguai, em frente à cidade de Colón (Entre Ríos).
Minatta destacou a importância do monitoramento ambiental, lembrando o caso de Botnia em Haia, onde não foi possível comprovar a contaminação por falta de amostras prévias.
“Agora é crucial analisar o estado do rio para ter registros em caso de conflito futuro”, expressou no El Entre Ríos.
Falta de informação oficial sobre o projeto no rio Uruguai
Como parte da primeira etapa da investigação, foi solicitada informação às Secretarias de Meio Ambiente da Província e da Nação, sem obter dados relevantes sobre a iniciativa.
“A empresa ainda não apresentou os estudos de impacto ambiental ao organismo uruguaio. Quando o fizer, ativaremos os mecanismos para que o Ministério das Relações Exteriores possa solicitá-los”, explicou Minatta.
Medidas de controle e depoimentos de moradores
Para garantir fontes independentes, o Ministério Público encarregou a Guarda Costeira de realizar amostragens periódicas do rio Uruguai.
Além disso, estão sendo coletados depoimentos de habitantes de Colón, afetados pela falta de informações sobre o empreendimento.
Possíveis consequências ambientais
Especialistas alertam que o projeto poderia gerar:
- Extração de água em quantidades prejudiciais para o rio.
- Devolução de material tratado, com risco de contaminação.
Em caso de confirmação de irregularidades, os crimes imputáveis incluiriam:
- Violação à Lei de Resíduos Perigosos.
- Dano ambiental ao rio Uruguai.
Imputações e responsabilidades
Além dos diretores da empresa, funcionários argentinos também poderiam ser investigados por descumprimento de suas funções, dependendo dos resultados da investigação.
Rumo a uma maior regulamentação ambiental
O processo busca garantir transparência em projetos industriais, assegurando que a proteção ambiental e os direitos das comunidades próximas ao rio Uruguai sejam respeitados.