O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou um novo programa de financiamento para desastres naturais.
É que, um recente estudo da instituição revelou que 74 eventos climáticos desse tipo atingiram a América Latina em 2024 e causaram danos equivalentes a 10.000 milhões de dólares.
Por esse motivo, este programa tem como objetivo calcular riscos, detectar as zonas propensas a sofrer desastres, disponibilizar esses dados aos governos na hora de decidir onde realizar obras de investimento público, articular ajudas financeiras, e outras entre países e o setor privado.
O novo programa de financiamento para desastres naturais
Busca-se dar resposta a fenômenos como o ocorrido em Bahía Blanca.
O programa é denominado “Preparados e Resilientes nas Américas”. Trata-se de uma iniciativa na qual serão destinados 10 mil milhões de dólares de financiamento não reembolsáveis.
Será entre 2025 e 2030, e soma-se à cooperação que já é oferecida a todos os países.
“Fortalecer a resiliência perante os desastres naturais já não é opcional, é uma necessidade”, assegurou o presidente do BID, Ilan Goldfajn, ao apresentar o programa e os objetivos.
A iniciativa conta com três pilares. Um focado em “disponibilizar aos países ferramentas avançadas para avaliar melhor os riscos e seus custos associados“.
Neste sentido, o Governo poderia aceder a dados sobre cálculos ou estimativas das zonas que poderiam ser afetadas por um desastre natural. Estes dados permitirão às autoridades tomar decisões relevantes na prevenção.
Colaboração com o setor privado
O segundo pilar consiste em estabelecer uma “rede de colaboração entre países e o setor privado”.
É para garantir o acesso e coordenação de serviços e bens necessários para canalizar uma resposta rápida quando eventualmente ocorrer um desastre natural.
As catástrofes naturais estão cada vez mais imprevisíveis.
“Quando ocorre um desastre natural neste momento, os países têm que ligar para todos os outros países para ver se enviam helicópteros, enviam aviões, enviam ajuda”, precisaram as autoridades do BID.
O objetivo, neste ponto, é garantir celeridade perante a ocorrência destes fenômenos e reduzir custos.
Um terceiro ponto do programa visa promover “instrumentos financeiros inovadores para fortalecer a capacidade econômica” quando aos países couber enfrentar desastres naturais.
Ou seja, emissão de títulos ou diferentes instrumentos que contribuam para reduzir custos e aumentar a capacidade de resposta ao encontrar financiamento proveniente do setor privado.
O caso Bahía Blanca
Sobre a catástrofe ocorrida em Bahía Blanca, mencionado entre os funcionários do BID, o banco acordou um empréstimo com o Governo de 200 milhões de dólares. Goldfajn indicou nas redes sociais que esta assistência corresponde a uma “Facilidade de Crédito Contingente”.
Ou seja, trata-se de uma linha de financiamento com o objetivo de dar resposta rápida a emergências e contempla a realocação de recursos anteriormente comprometidos para a Argentina, mas destinados a outros fins.
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