O gelo marinho global atinge um novo mínimo histórico em fevereiro

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A extensão diária do **gelo marinho global** registrou um novo mínimo histórico no início de fevereiro e permaneceu abaixo do recorde anterior de 2023 durante todo o mês, conforme o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S). Esse declínio coincide com o **terceiro fevereiro mais quente globalmente**, reforçando a preocupação sobre os **efeitos das mudanças climáticas** nos ecossistemas polares.

O monitoramento do programa espacial da União Europeia (UE) indica que **a extensão do gelo marinho no Ártico ficou 8% abaixo da média**, marcando o terceiro mês consecutivo em que é estabelecido um recorde mínimo para essa época do ano. Embora o nível mais baixo do gelo ártico geralmente seja atingido em setembro, os dados refletem **uma tendência preocupante em sua redução progressiva**.

Por outro lado, na Antártida, a **cobertura de gelo ficou 26% abaixo da média**, registrando a quarta extensão mensal mais baixa já observada. Além disso, os cientistas sugerem que o mínimo anual **pode ter sido alcançado no final do mês**, o que, se confirmado, representaria o segundo nível mais baixo já registrado por satélite.

derretimento de glaciares
derretimento de glaciares

Temperaturas globais em ascensão

Copernicus também informou que **fevereiro de 2025 foi o terceiro fevereiro mais quente já registrado**, com uma temperatura média global de 13,36 °C, ou seja, 0,63 °C acima da média de 1991-2020. Além disso, a temperatura superou em 1,59 °C a média do período pré-industrial (1850-1900), um indicador-chave na medição do aquecimento global.

O **inverno boreal** (dezembro 2024 – fevereiro 2025) **também marcou um recorde preocupante**: foi o segundo mais quente da história, com temperaturas 0,71 °C acima da média de referência. Esse período foi superado apenas pelo inverno de 2024.

Impacto do aquecimento nos polos

Segundo Samantha Burgess, do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (CEPMPM), fevereiro de 2025 segue a tendência de temperaturas recordes observada nos últimos dois anos. “Uma das consequências de um mundo mais quente é a redução do gelo marinho, e os valores mínimos registrados em **ambos os polos levaram a cobertura global de gelo a um nível sem precedentes**”, afirmou a especialista.

Esses dados reforçam a urgência de **medidas para mitigar as mudanças climáticas e seus efeitos** sobre os ecossistemas polares, essenciais para a estabilidade climática do planeta.

O derretimento alcança níveis extremos. O derretimento alcança níveis extremos.

Derretimento de glaciares: por que significa menos água doce disponível

Um estudo recente calculou **a perda de massa** e o **derretimento de glaciares** nas principais regiões do mundo, revelando resultados preocupantes.

Esse estudo foi realizado por **um extenso grupo internacional de cientistas ligados à iniciativa GlaMBIE** (Glacier Mass Balance Intercomparison Exercise), coordenada pelo Serviço Mundial de Vigilância de Glaciares (WGMS), sediado na Universidade de Zurique (UZH) na Suíça.

A comunidade de pesquisadores **coletou, homogeneizou e analisou as informações sobre as mudanças de massa dos glaciares**, utilizando medições tanto em campo quanto por satélite.

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