Na quinta-feira, foi revelado quem será o sucessor de Francisco à frente da Igreja Católica. Será **Robert Prevost**, o **Papa Leão XIV** daqui em diante.
Ele é o primeiro pontífice estadunidense a ocupar esse cargo, e há várias particularidades a serem destacadas em relação a temas centrais. Em vários aspectos, como no caso das [ideias sobre o cambio climático](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/el-papa-francisco-y-su-compromiso-en-la-lucha-contra-el-cambio-climatico/), ele se mostrou alinhado com seu antecessor em diversas ocasiões.
Essa posição **confronta diretamente com a [posição mantida por Donald Trump](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/elecciones-en-estados-unidos-el-impacto-ambiental-del-triunfo-de-donald-trump-en-5-puntos/)**, atual presidente dos **Estados Unidos** e local de nascimento de Prevost. O presidente nega a ação humana nos efeitos da crise climática e sua administração não visa implementar políticas para mitigar ou combatê-la.
## A postura do Papa Leão XIV sobre o cambio climático
Apenas alguns meses atrás, em Roma, ele reiterou o compromisso da Santa Sé com a [proteção do meio ambiente](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/cuando-sera-efectiva-la-salida-de-estados-unidos-del-acuerdo-de-paris/) em um seminário sobre a encíclica **Laudato Si**.
Donald Trump não busca trabalhar contra o cambio climático.
Ele o fez explicitando a necessidade de passar “das palavras para a ação”, conforme [Vatican News](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/elecciones-en-estados-unidos-el-impacto-ambiental-del-triunfo-de-donald-trump-en-5-puntos/) em sua edição de 29 de novembro. Laudato Si é a **primeira carta encíclica da Igreja** sobre a proteção da Terra e o “cuidado da nossa casa comum”.
Leão XIV parece assim explicitamente oposto ao seu compatriota, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que novamente ordenou a [saída de seu país do Acordo de Paris](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/cuando-sera-efectiva-la-salida-de-estados-unidos-del-acuerdo-de-paris/).
O então cardeal Robert Francis Prevost, eleito ontem Papa Leão XIV, foi muito claro sobre a crise climática, bem como sobre os direitos humanos.
Segundo reportado pelo [Vatican News](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/cuando-sera-efectiva-la-salida-de-estados-unidos-del-acuerdo-de-paris/) em sua edição de 29 de novembro, durante seu discurso sobre o desafio ambiental que o planeta enfrenta, Prevost, que era então presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina e Prefeito do Dicastério Episcopal, enfatizou durante o seminário que a resposta do catolicismo ao desafio ambiental.
Ele também ressaltou que essa resposta deve ser fundamentada na **Doutrina Social da Igreja**, além de que é hora de passar “das palavras para os atos”.
O domínio sobre a natureza não deve se tornar uma tirania, disse então Prevost, que também apelou para uma “**relação de reciprocidade**” entre o ser humano e o ambiente.
## O negacionismo climático de Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos parabenizou seu compatriota ao saber da notícia. No entanto, nesse ponto sobre a questão climática, suas visões seriam opostas.
A negação da [mudança climática causada pelo ser humano](https://noticiasambientales.com/ciencia/el-cambio-climatico-va-a-empeorar-la-contaminacion-por-ozono/) é um dos emblemas que caracterizou o pensamento de Trump durante seu primeiro mandato e está longe de mudar agora.
Prevost agora é o Papa Leão XIV.
Pelo contrário, uma de suas primeiras medidas como presidente foi a [saída do país do Acordo de Paris](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/cuando-sera-efectiva-la-salida-de-estados-unidos-del-acuerdo-de-paris/).
Trump e sua equipe afirmam que o aquecimento global não é provocado pela atividade humana, mas sim por **ciclos naturais**, ignorando as pesquisas do **IPCC** e o consenso científico mundial sobre a crise ambiental.
Outro ponto a ser considerado é que, em seu primeiro mandato, Trump [retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris](https://noticiasambientales.com/medio-ambiente/cuando-sera-efectiva-la-salida-de-estados-unidos-del-acuerdo-de-paris/). Essa volta à Casa Branca representa um desafio para a diplomacia climática, uma vez que o país poderia novamente ignorar compromissos de redução da pegada de carbono, colocando em risco o esforço coletivo.
