Costa Rica é o único país da América Latina que não só conseguiu frear o desmatamento, mas também revertê-lo de forma significativa. Através de diversas estratégias, a nação aumentou de forma notável a porcentagem de cobertura florestal em seu território.
Na década de 1980, a superfície coberta por florestas na Costa Rica havia diminuído drasticamente para apenas 21% do território nacional. Hoje em dia, esse número aumentou para cerca de 60%, de acordo com dados fornecidos pelo Global Forest Watch.
Este avanço demonstra que o sucesso dos costarriquenhos não foi por acaso, mas sim resultado de um modelo eficaz que combinou crescimento econômico e sustentabilidade ambiental.
Chaves do sucesso da Costa Rica em reverter o desmatamento
O modelo da Costa Rica para combater e reverter a perda de florestas se baseia em três pilares fundamentais:
- Normas rigorosas: Leis claras e exigentes que protegem os ecossistemas naturais.
- Incentivos econômicos: Pagamento por serviços ambientais que incentivam o reflorestamento e a conservação.
- Colaboração internacional: Acordos com organismos como o Banco Mundial, o Fundo Verde do Clima e a coalizão LEAF, que fornecem financiamento em troca da captura de carbono nas florestas costarriquenhas.
Graças a essa abordagem, a Costa Rica conseguiu construir uma economia baseada em princípios sustentáveis, diferenciando-se de outros países que dependem da exploração de recursos naturais. Esse modelo é um exemplo encorajador em um contexto global onde a crise climática está cada vez mais presente.
O desmatamento: um problema persistente na região
Na América Latina, o desmatamento continua sendo um dos principais desafios ambientais. Impulsionada por atividades humanas como a agricultura intensiva, a mineração e a urbanização descontrolada, essa problemática tem efeitos irreparáveis no meio ambiente.
Brasil, Bolívia e Paraguai se destacam como os países com maiores perdas de áreas florestais. O modelo da Costa Rica demonstra que é possível reverter essa tendência, enviando uma mensagem clara ao restante do mundo sobre a importância de tomar ações concretas e sustentáveis diante das mudanças climáticas.
O contraste na América Latina: alarmantes taxas de desmatamento
Enquanto a Costa Rica celebra seus êxitos, muitas regiões da América Latina enfrentam grandes desafios na conservação de suas florestas. Algumas das situações mais críticas incluem:
- Brasil: Perdeu mais de 9.000 quilômetros quadrados da Amazônia apenas em 2022.
- Colômbia: Destruíu mais da metade de sua floresta primária nos últimos 20 anos.
- Paraguai e Argentina: Reduziram aproximadamente 25% de sua cobertura florestal na última década.
Esses números refletem a urgência de adotar medidas eficazes diante da crise ambiental que afeta a região e o mundo.
Foto da capa: Christoph Lischetzki / Alamy
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