Reclamação por poluição na Petroquímica Bermúdez: exigem Justiça ambiental estadual.

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O secretário da área de Política Ambiental da Universidade Nacional de Rosario (UNR) e presidente do Instituto de Direito de Política Ambiental da Ordem dos Advogados, Matías De Bueno, solicitou a criação de uma Justiça ambiental para adequar a legislação vigente em casos de impacto como o da Petroquímica Bermúdez (antiga Electroclor), uma empresa no cinturão industrial que continua poluindo o ambiente apesar de estar fechada.

De Bueno instou o Estado a se comprometer e buscar investidores privados para realizar os controles ambientais adequados.

Situação Atual da Petroquímica Bermúdez

Desde o fechamento da indústria petroquímica em 2013, nunca foram realizadas tarefas de remediação do dano ambiental causado pelo vazamento de cloro em grande parte do terreno.

O local ainda apresenta um passivo ambiental com resíduos de mercúrio, amianto e outras substâncias químicas tóxicas, com um forte potencial de dano à saúde e ao ambiente.

Houve uma decisão de primeira instância da Justiça de San Lorenzo que indicava a contaminação do ar e da água e ordenava o cessar das emissões de um gás específico. No entanto, essa decisão foi apelada e somente uma década depois foi solicitada a realização dos controles pertinentes.

Necessidade de uma Justiça Ambiental

“Nesses casos, busca-se um equilíbrio entre proteger as fontes de emprego e aplicar o desenvolvimento sustentável de triplo impacto: econômico, social e ambiental. No entanto, esse equilíbrio muitas vezes se inclina para o lado econômico, o que é difícil de lidar neste país”, afirmou De Bueno em declarações ao programa “Uma Tarde Perfeita”, da LT8.

De Bueno argumentou: “Nesta questão, fica claro o quanto uma Justiça ambiental é necessária na província. Não se pode esperar 20 anos para dizer que é preciso controlar. Desde 2013, deveria ter sido concedida uma reparação do dano à comunidade e aplicado um fundo de recomposição ambiental“.

Ele também mencionou que muitos anos atrás a empresa havia começado a tomar medidas, incluindo um investimento de 100 milhões de dólares para mudar a tecnologia.

Falta de Controles Adequados

De Bueno apontou que “sempre ficamos aquém nos controles adequados e na aplicação correta da regulamentação da qualidade do ar, que está desatualizada e não reflete as necessidades atuais para ter uma qualidade do ar adequada conforme exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

Ele considerou crucial não paralisar as atividades, mas enfatizou a importância de avaliar os perigos capazes de causar danos de alto impacto.

“Se um tribunal tiver que avaliar, deve se referir à regulamentação para estabelecer os níveis-guia e controles. Quem será responsável por eles? Uma empresa privada? Uma universidade? A empresa deve apresentar um plano de gestão e deve haver um órgão que monitore esses controles”, sugeriu De Bueno.

Reivindicações e Propostas

De Bueno destacou a necessidade de haver organismos que garantam a segurança dos relatórios dentro do campo do Direito ambiental e enfatizou a importância de contar com orçamentos adequados, que no caso do Estado costumam ser escassos.

“É necessário ajustar a legislação ambiental para incorporar a cláusula ambiental; exigir que o Poder Executivo aplique o maior número possível de controles e buscar financiamento do setor privado para cumprir a norma, pois não se pode atribuir essa responsabilidade apenas àqueles que oferecem fontes de emprego. Além disso, é fundamental criar um fórum ambiental com tribunais e promotores ambientais, e um organismo científico para a produção de provas”, concluiu.

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