Sem invernos extremos na Alemanha: um fenômeno que já dura 14 anos.

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Alemanha parece ter se esquecido do que são os invernos extremos. O inverno de 2024/25 se despede como outro dos invernos relativamente “quentes” dos últimos anos, conforme revela o relatório preliminar do Serviço Meteorológico Alemão (DWD).

Embora não tenha quebrado recordes, ele se soma a uma série de 14 invernos consecutivos com temperaturas acima da média. Essa análise se baseia em dados coletados por cerca de 2.000 estações de medição distribuídas por todo o país.

A temperatura média durante este inverno foi de 2,1 graus Celsius, o que representa um aumento de 1,9 graus em relação aos valores registrados no período de referência de 1961-1990.

Comparado com o período mais recente (1991-2020), o aumento foi de 0,7 graus. Embora o inverno de 2023/24 tenha alcançado uma média superior de 4,0 graus, o recorde histórico continua pertencendo ao inverno de 2006/07, com uma média de 4,4 graus Celsius.

Mais sol e menos chuva no inverno de 2024/25 na Alemanha

Em termos de precipitações, este inverno acumulou aproximadamente 155 litros por metro quadrado, equivalente a 86% da média do período de 1961-1990 e 82% do valor do intervalo de 1991-2020. Em contraste, as horas de sol surpreenderam ao superar as médias históricas: foram registradas 194 horas de luz solar, um aumento de 27% em relação ao período de referência de 1961-1990 e 14% acima do intervalo de 1991-2020.

O inverno meteorológico, que se estende de 1 de dezembro a 28 de fevereiro, foi caracterizado por condições amenas e secas, com mais dias ensolarados do que o habitual. A chegada da primavera astronômica na Alemanha, marcada pelo equinócio em que o sol está diretamente sobre o equador, será em 20 de março de 2025.

Regiões da Europa que enfrentaram invernos extremos

Devido às mudanças climáticas, as ondas de frio extremo no Norte da Europa serão menos frequentes, porém mais perigosas, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira. Finlândia, Noruega e Suécia enfrentaram em janeiro uma forte onda de frio que quebrou recordes.

A cidade de Vittangi, no norte da Suécia, atingiu a temperatura mais baixa nos três países desde o início do século, com -44,6 graus Celsius. Em Oslo, a temperatura caiu abaixo de -30ºC pela primeira vez, chegando a -31,1ºC.

Atualmente, as ondas de frio de cinco dias são cinco vezes menos prováveis e os frios extremos de um dia são 12 vezes menos prováveis, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da rede de Atribuição Meteorológica Mundial (World Weather Attribution, WA).

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