Tensão entre províncias da Patagônia por acordos com barcos pesqueiros chineses.

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A pesca no Mar Argentino representa um negócio milionário que poderia ser uma fonte chave de renda e exportações para a Argentina. No entanto, a falta de uma política pesqueira eficiente e controles adequados permitiram que vários navios pesqueiros chineses explorem ilegalmente os recursos marítimos nacionais.

Neste contexto, a província de Santa Cruz e a empresa chinesa Hongdong Fisheries Co Ltd, a segunda maior do mundo com 161 navios, chegaram a um acordo que causou um conflito com Chubut. Este acordo busca modernizar a infraestrutura portuária, com a construção de estaleiros e o desenvolvimento de plantas pesqueiras, bem como com o abastecimento de uma frota de cerca de 500 navios que operam na “Milla 201”, limite externo da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) argentina.

Por esse motivo, a Câmara da Frota Amarela de Chubut (CAFACH) decidiu elevar ao Executivo Nacional um pedido formal para que as autoridades nacionais intervenham no acordo que está sendo realizado entre Santa Cruz e a empresa pesqueira chinesa, que busca auxiliar as embarcações que pescam através dos portos provinciais próximos à ZEE.

Tensão por los barcos pesqueros chinos en las costas argentinas. Foto: mdz.
Tensão por los barcos pesqueros chinos en las costas argentinas. Foto: mdz.

Preocupações da indústria pesqueira nacional

A Câmara da Frota Amarela de Chubut (CAFACH) classificou o acordo como um “negócio” e levanta sérias preocupações, como:

  • Falta de controles nacionais: A falta de monitoramento adequado poderia permitir incursões ilegais na ZEE, agravando a exploração de recursos e afetando a biomassa do Mar Argentino.

  • Concorrência desleal: Os navios chineses, com trabalhadores em condições precárias, operariam com custos inferiores aos nacionais, afetando a indústria local que cumpre estritas normas trabalhistas.

  • Risco ambiental e econômico: Sem mecanismos adequados de fiscalização, teme-se um saque sem precedentes dos recursos marítimos e uma ameaça à sustentabilidade da pesca nacional.

Nesse sentido, o presidente da CAFACH, Gustavo González, exigiu do Governo nacional que solicite informações públicas amparadas na Lei 27.275 para esclarecer os alcances do acordo. Embora reconheça os benefícios potenciais de melhorar a infraestrutura portuária e gerar empregos, destaca a necessidade de proteger os interesses da indústria pesqueira local.

pequeros españoles
Barcos pesqueros en la costa argentina. 

O apelo à ação

A CAFACH insiste que o acordo deve ser supervisionado para garantir que não favoreça exclusivamente as frotas estrangeiras em detrimento dos recursos e trabalhadores argentinos. Ela pede ao Governo nacional que tome medidas para fortalecer os controles, regular a pesca e promover um desenvolvimento sustentável que não comprometa a indústria local.

A falta de clareza neste projeto acendeu o alerta no setor pesqueiro, que teme que os recursos do Mar Argentino continuem sendo explorados sem benefícios reais para o país.

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