Incrível: esta cidade japonesa separa os resíduos em 45 categorias.

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Uma cidade do Japão alcançou todos os níveis conhecidos no que diz respeito à reciclagem: separa os resíduos em 45 categorias. Estamos falando de Kamikatsu, um lugar onde não há coleta de lixo tradicional.

Os 1500 habitantes se dirigem ao aterro para classificar, com enorme paciência, seus descartáveis. O objetivo final é reciclar tudo.

Resíduos em 45 categorias: o desafio desta cidade japonesa

As categorias vão desde almofadas até escovas de dentes, garrafas (dependendo do tipo de vidro), diferentes embalagens, objetos metálicos, etc.

Localizada no meio das montanhas, a 530 quilômetros a sudoeste de Tóquio, Kamikatsu tem como objetivo reciclar tudo. A ideia é não enviar nada para incineração até 2020.

Reciclagem
Reciclagem: o trabalho desta cidade japonesa.

Embora os funcionários do centro de resíduos estejam no local para ajudar, o trabalho é essencialmente dos moradores. Eles precisam lavar e secar sacolas, pacotes e recipientes para facilitar a reciclagem.

Alguns objetos precisam ser desmontados. Por isso, é comum ver pessoas com ferramentas para extrair peças; ou os trabalhadores do centro de classificação colaborando para reduzir o tamanho de algum outro resíduo. O local conta com compressores de latas e plásticos.

Para ajudar, um folheto da cidade ilustrado com uma fotografia que a descreve como “a mais bonita do Japão” apresenta, em 16 páginas duplas, uma série de fotografias e desenhos acompanhados de uma fotografia do recipiente ou caixa a ser utilizada.

Japão, líder em reciclagem

Muitos municípios do Japão exigem a separação do lixo, mas geralmente em um pequeno número de categorias, como plástico, alumínio, papel, entre outros. A maior parte dos resíduos domésticos são incinerados.

Kamikatsu não se destacou até receber um ultimato: em 2000, foi ordenado ao município que fechasse uma de suas duas incineradoras, que não estava de acordo com as normas de poluição.

“Então, pensamos: se não podemos queimar aqui, vamos reciclar”, explica uma funcionária da cidade, Midori Suga. “É mais barato do que incinerar”.

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