No Salão Hansen da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Nacional de Jujuy (UNJu), especialistas de uma empresa internacional sediada na Suíça apresentaram a conferência “Abordagens sucessivas: o processo em direção à implementação de um projeto de carbono na Argentina”. O encontro focou no desenvolvimento de projetos de carbono no país e seu potencial para mitigar as mudanças climáticas, com um foco especial na articulação com a província de Jujuy.
A apresentação foi realizada pelo mestre Federico Weinstein, coordenador de Projetos de Soluções Baseadas na Natureza para a América Latina, e pelo engenheiro Juan Alberto Acosta, diretor técnico da empresa certificadora de créditos de carbono. Ambos explicaram como esses certificados, que validam a redução ou eliminação de gases de efeito estufa (GEE), estão se tornando uma ferramenta fundamental para promover práticas sustentáveis e gerar financiamento internacional.
Desde 2022, Jujuy mantém um acordo com essa empresa para que os proprietários de terras com florestas nativas em diferentes níveis de conservação, beneficiários da Lei de Florestas, possam desenvolver projetos e acessar o mercado global de créditos de carbono. Isso lhes permitiria receber fundos para fortalecer a gestão florestal e reduzir as vulnerabilidades às mudanças climáticas e incêndios.
Durante a palestra, os palestrantes destacaram o papel fundamental das universidades na geração de estudos científicos que permitem medir com precisão a captura de carbono ou a redução de emissões, dados essenciais para validar esses projetos perante organismos certificadores.
¿Cómo es la implementación de los bonos de carbono?
Nesse sentido, foi lembrado que Jujuy foi a primeira província argentina a ter uma legislação específica para esse tipo de iniciativas. A Lei 6.305, sancionada em outubro de 2022, regula e promove a implementação de projetos compatíveis com os objetivos da Lei 6.230 de Mudança Climática, consolidando o compromisso da província com a sustentabilidade.
O processo de implementação dos créditos de carbono, conforme explicado pelos especialistas, consiste em três etapas: geração (através de projetos sustentáveis), comercialização (em mercados especializados) e compensação (para que empresas possam neutralizar suas emissões). Este esquema permite transformar ações ambientais em oportunidades econômicas e marca um novo caminho para o desenvolvimento sustentável em Jujuy e no país.
Métodos de captura de carbono
O carbono é capturado por meio de processos físicos, biológicos ou tecnológicos.
Físicos
– É utilizada uma superfície sólida ou um solvente líquido para capturar as moléculas de CO2.
– O gás é submetido a um processo de gasificação para obter monóxido de carbono e hidrogênio.
Biológicos
– As árvores capturam o CO2 do ar por meio da fotossíntese, fixam-no em açúcar e liberam oxigênio.
– As florestas e arvoredos são sistemas naturais de sequestro de carbono.
Tecnológicos
– São utilizados materiais absorventes ou adsorventes para atrair e capturar o CO2 do ar.
– São empregados resfriadores de ar para resfriar líquidos e condensar vapores.
– A captura de carbono é mais eficaz quando é utilizada em fontes com altas concentrações de CO2, como o gás liberado durante a produção de etanol.
Para melhorar o sequestro de carbono pelas árvores, é possível:
– Plantar árvores em áreas anteriormente florestadas (reflorestamento) e em áreas não florestadas (florestação).
– Gerir as florestas de forma sustentável.
Fonte: Vía País.
¿Ya conoces nuestro canal de YouTube? ¡Suscríbete!