Um condado no estado da Flórida (EUA) está planejando transformar o emblemático transatlântico SS United States no maior recife artificial do planeta.
Este histórico navio iniciou sua última viagem na quarta-feira passada, partindo dos cais do rio Delaware, ao sul da Filadélfia.
O navio está sendo rebocado para Mobile, Alabama, onde serão realizados os preparativos necessários antes de ser afundado nas águas do Golfo da Flórida. O transatlântico se juntará ao porta-aviões USS Oriskany, que atualmente detém o título do maior recife artificial depois de ter sido afundado ao largo de Pensacola, Flórida, em 2006.
A mudança do SS United States ocorre após a resolução de uma longa disputa de aluguel entre a entidade supervisora e o locador.
O maior recife artificial do mundo
As autoridades do condado de Okaloosa, na região conhecida como “panhandle” da Flórida, têm a esperança de que o SS United States se torne o mais destacado dos mais de 500 recifes artificiais que já existem na área.
O navio será modificado para garantir que, ao ser afundado, fique em posição vertical sob a água, o que permitirá sua ótima adaptação como habitat marinho. Segundo as autoridades, este processo de preparação levará cerca de 12 meses.
Graças ao seu tamanho e localização, a estrutura subaquática se transformará em um refúgio para diversas espécies marinhas, desde peixes de recife como o pargo vermelho até espécies oceânicas como o dourado.
Além disso, o navio é projetado como uma atração de mergulho de primeira linha que poderia gerar milhões de dólares anualmente em receitas turísticas locais.
Embora a localização exata não tenha sido determinada, espera-se que o navio seja afundado aproximadamente a 37 quilômetros ao sul da área de Destin-Fort Walton Beach. Este programa de recifes é um dos mais ativos nos Estados Unidos, utilizando desde antigas pontes até excedentes de material militar para criar habitats submarinos.
O legado do SS United States: um ícone da engenharia naval
O SS United States é lembrado como um símbolo de inovação e excelência na engenharia americana. Foi projetado como um navio militar capaz de transportar milhares de soldados.
Estabeleceu um recorde de velocidade transatlântica durante sua primeira viagem em 1952, cruzando o Atlântico em apenas três dias, 10 horas e 40 minutos. Até hoje, mantém o recorde para um navio de seu tipo, com uma velocidade média de 36 nós.
Após ser retirado do serviço ativo em 1969, o transatlântico passou por vários proprietários privados com planos de remodelação que não se concretizaram devido ao alto custo. Durante anos, o navio permaneceu inativo no rio Delaware, acumulando histórias e simbolizando um capítulo emblemático da história marítima americana.
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