O **Governo de Entre Ríos** autorizou a **caça menor** de **cinco espécies de aves autóctones**, coincidindo com a celebração do **Dia Mundial das Aves** (em 10 de maio).
Esta resolução, emitida pela **Direção de Recursos Naturais e Fiscalização**, estabelece a temporada de caça de **10 de maio a 15 de agosto**, permitindo a captura de:
- **Pato Picazo**.
- **Sirirí Pampa**.
- **Pato Cutirí**.
- **Pato de Collar**.
- **Inambú Común**.
Cada caçador poderá **matar até quatro exemplares** de cada espécie de pato e **até seis perdizes ou inambús por excursão**.
Organizações ambientais denunciam irregularidades
A medida gerou **um forte rejeição** por parte de instituições socioambientais, que denunciam:
- **Ausência de estudos independentes** para avaliar o impacto ecológico.
- **Falta de participação cidadã** na tomada de decisões.
- **Ocultação de informação pública ambiental** por parte do Governo provincial.
Desde o **Centro para o Estudo e Defesa das Aves Silvestres (CEYDAS)** apontaram que a autorização da caça contradiz **normativas de proteção da fauna** e representa um risco para o **equilíbrio ecológico**.
Questionamentos legais e possíveis consequências
A **Dra. Cecilia Domínguez**, advogada do **CEYDAS**, classificou a resolução como **”irresponsável e infundada”**, pois **viola leis e tratados internacionais** como:
- **O Acordo de Escazú**, sobre acesso à informação e participação cidadã.
- **O artigo 41 da Constituição Nacional**, que garante a proteção do ambiente.
- **A Lei 25.831**, de Acesso Livre à Informação Pública Ambiental.
Além disso, alertou que a resolução **ainda não foi publicada no Boletim Oficial**, nem em páginas oficiais do Governo, o que **implica que a atividade não conta com habilitação formal**.
Como consequência, aqueles que praticarem a caça poderiam **incorrer em um delito penal**.
Um debate que destaca a conservação
O impacto desta decisão abre o debate sobre a proteção de espécies autóctones, o acesso à informação pública e a necessidade de **políticas ambientais transparentes**.
Com o crescente rechaço de **organizações e cidadãos**, o Governo provincial enfrenta **pressão social** para rever a medida e garantir **uma gestão responsável da biodiversidade** em Entre Ríos.
*Com informações de CEYDAS – Entre Ríos