Quem polui, paga: os fabricantes devem arcar com seu impacto ambiental.

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Na última fase do Comitê Intergovernamental de Negociação, realizada em Busan, Coreia do Sul, os especialistas da ONU enfatizaram a necessidade de estabelecer o princípio de quem polui, paga as consequências de seus atos.

Nesse sentido, os especialistas alertaram que as atuais negociações poderiam transferir o ônus para os países em desenvolvimento, que carecem dos recursos necessários para lidar com os efeitos do plástico. “Os produtores e os países onde estão sediados não estão assumindo sua parcela na mitigação dos efeitos globais sobre os direitos humanos”, afirmaram os especialistas.

Para que seja eficaz, o tratado deverá incluir princípios-chave como a transparência e a prevenção, além de se referir especificamente aos direitos humanos, como o acesso à informação, o direito a um meio ambiente limpo e sustentável e ao desenvolvimento equitativo. Mas, sobretudo, garantir a prestação de contas em todas as etapas do ciclo do plástico.

![Contaminação por basura. Foto EFE.](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2024/10/608128-300×169.jpg)

## O princípio “quem contamina, paga” em ação

Cada etapa do ciclo do plástico gera contaminação, portanto, o tratado deve considerar todas elas. Os cidadãos devem ter acesso a informações claras sobre as substâncias químicas presentes nos polímeros e nos produtos plásticos, os contaminantes liberados em cada fase e os volumes de plástico produzidos. Esse conhecimento é crucial para que os países e as empresas possam cumprir com seus compromissos, incluindo a redução da produção.

Além disso, os especialistas propuseram a criação de um fundo mundial financiado pelos produtores de plástico. Este fundo implementaria o princípio quem contamina, paga. Este tratado é fundamental para a proteção dos direitos humanos nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos.

Por outro lado, deve-se garantir o design de plásticos que facilitem sua eliminação progressiva ou sua reciclagem segura, especialmente em países em desenvolvimento que dependem de importações e não possuem economias de escala, tornando a eliminação desse material custosa.

![contaminação plástica](https://storage.googleapis.com/media-cloud-na/2024/05/contaminacion-plastica-300×188.jpeg)

## Uma transição justa e baseada em direitos humanos

Além disso, o tratado também deve garantir recursos legais para as pessoas afetadas de forma desproporcional pela contaminação e assegurar que a transição para uma economia circular seja justa e inclusiva. Isso também inclui proteger aqueles que dependem economicamente do trabalho com plástico.

Por fim, os especialistas concluem que uma solução global requer uma visão audaciosa que enfrente os danos causados pelas indústrias de combustíveis fósseis e petroquímicos. Esse esforço não apenas contribuirá para mitigar o impacto da contaminação plástica, mas também ajudará a combater as mudanças climáticas e a perda.

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