Polêmica sobre novo ordenamento territorial de Salta: autoriza o desmatamento de 700 mil hectares

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A Câmara de Senadores da Província de Salta aprovou o novo mapa de Ordenamento Territorial de bosques nativos (OTBN) salteño. As atualizações são obrigatórias por lei, mas os detalhes desta modificação despertaram fortes críticas.

É que, de acordo com o mapa, permite o desmatamento de 700.000 hectares. O forte reclamo da Greenpeace: “golpe devastador”.

Novo ordenamento territorial de Salta e reclamações

Em sessão ordinária, a Câmara de Senadores da Província aprovou na quinta-feira, em definitivo, o novo mapa de Ordenamento Territorial local. Isso aprofundou a onda de críticas por parte de setores da sociedade civil e de organizações ambientalistas, que já haviam reclamado diante da apresentação do projeto.

Greenpeace reclamou ante el nuevo ordenamiento territorial de Salta.
Greenpeace reclamou ante o novo ordenamento territorial de Salta.

“Este mapa, que permite o desmatamento de mais de 700.000 hectares de bosques, contradiz a Lei de Florestas e ignora os reclamos da sociedade civil, marcando um retrocesso sem precedentes na proteção ambiental da região”, questionaram desde a Greenpeace Argentina.

“Iremos denunciar na Suprema Corte este ordenamento regressivo, no âmbito do amparo pelo jaguar. Mais desmatamentos significam menos chances de subsistência dos últimos jaguares da região do Chaco”, apontou Noemí Cruz, coordenadora da Campanha de Florestas da ONG a nível local.

Segundo argumentam, a aprovação deste ordenamento aprofunda a crise climática e a perda de biodiversidade, favorecendo a impunidade de quem destrói o ambiente. 

No início deste mês, ativistas da Greenpeace protestaram em frente ao Palácio Legislativo usando trajes característicos dos gaúchos Infernales de Güemes.

“O ordenamento aprovado legaliza desmatamentos onde antes estavam proibidos e cria categorias transitórias não contempladas pela Lei 26.331, o que na prática apaga qualquer limite real ao desmatamento”, acrescentou Cruz.

“Sem consulta”

Além disso, questionou-se o fato de que a proposta foi elaborada sem consulta prévia às comunidades originárias, violando direitos fundamentais estabelecidos em normativas nacionais e internacionais.

“A falta de garantias para a proteção de corredores biológicos entre comunidades, além disso, compromete ainda mais a subsistência dos povos originários e da fauna da região, como o emblemático jaguar”, argumentaram.

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