A ONU denunciou um “recuo nos compromissos climáticos” no Fórum de Davos.

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O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez uma forte denúncia no Fórum Econômico Mundial de Davos. Ele falou sobre o “retrocesso dos compromissos climáticos” no mundo.

A elite política e empresarial mundial, presente neste momento na Suíça, ouviu na quarta-feira um discurso contundente do líder da organização.

Ele criticou a falta de colaboração multilateral em um “mundo cada vez mais à deriva“, ameaçado por dois perigos existenciais. Mencionou a mudança climática e a inteligência artificial (IA) não regulamentada como perigos iminentes.

“Retrocesso dos compromissos climáticos”: a denúncia da ONU em Davos

O discurso ocorreu na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, o evento que acontece no alto dos Alpes suíços e que reúne líderes, chefes de Estado e diretores de algumas das maiores e mais influentes empresas do mundo.

Organizações rejeitam a saída da Argentina da COP29. A denúncia do líder da ONU sobre políticas climáticas.

Guterres referiu-se ao tema da reunião deste ano, “Colaboração para a era da inteligência”, e afirmou que há escassas evidências de colaboração ou inteligência.

Em contraste, segundo ele, há abundantes indícios da piora de muitos problemas do mundo, desde conflitos até desigualdades e violações dos direitos humanos.

A guerra nuclear já não é a única ameaça existencial para a humanidade, afirmou, apontando a crise climática e a “expansão descontrolada” da inteligência artificial (IA).

O “monstro de Frankenstein”

Comparando a dependência de combustíveis fósseis com o monstro de Frankenstein, “que não perdoava nada nem ninguém”, o Secretário-Geral destacou a ironia do fato de que 13 dos maiores portos do mundo para superpetroleiros estão prestes a serem inundados pela elevação do nível do mar.

Isso devido ao aumento das temperaturas provocado por esses mesmos combustíveis.

Além disso, classificou a decisão de várias instituições financeiras e indústrias de recuarem em seus compromissos climáticos como “curta visão e, paradoxalmente, egoísta e contraproducente“.

No lado errado

“Estão no lado errado da história. Estão no lado errado da ciência“, apontou. “E estão no lado errado dos consumidores que buscam mais sustentabilidade, não menos”, acrescentou Guterres.

ONU Guterres O líder da ONU, António Guterres.

Focando na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), que acontecerá no Brasil no final do ano, o Secretário-Geral lembrou aos líderes mundiais que precisam cumprir sua promessa de elaborar novos planos nacionais de ação climática para toda a economia muito antes do encontro.

Os países em desenvolvimento necessitam de um “impulso de financiamento“, frisou, para a ação climática. Por isso, instou não apenas os governos, mas todas as empresas e instituições financeiras a criarem planos de transição sólidos e responsáveis.

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